SABERES E APRENDIZAGENS NO MUNDO INSULAR: UMA REFLEXÃO SOBRE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE PROFESSORES DO SOME EM ABAETETUBA/PA
Résumé
O artigo aborda as experiências pedagógicas desenvolvidas na educação básica, em uma realidade concreta que se manifesta nas ilhas e florestas do município de Abaetetuba no Estado do Pará, no intuito de refletir sobre práticas pedagógicas direcionadas a realidade dos educandos. A metodologia baseou-se na perspectiva da investigação-ação (TRIPP, 2005), na qual foram utilizadas técnicas de pesquisa já consagradas, como observação, planejamento, ação, descrição das práticas e avaliação, permitindo aos demais agentes envolvidos – educandos e pais –, acrescentarem sua autoria na construção do saber, com fins a uma perspectiva mais significativa na forma de conhecer e apreender o mundo. Assim, a natureza da pesquisa traz uma abordagem qualitativa, cujos dados priorizam o território dos educandos, como espaço de aprendizagem, tendo-se em conta o caráter uno e plural da experiência humana nas diferentes formas de organização espacial e societária.
Références
ALMEIDA, A. W. B. Terras de quilombos, terras indígenas, “babaçuais livres”, “castanhais do povo”, faxinais e fundos de pastos: terras tradicionalmente ocupadas (Coleção “Tradição e ordenamento jurídico”). 2. ed. Manaus: PGSCA–UFAM, p. 192, 2008.
ARROYO, M. G.; CALDART, R. S.; MOLINA, M. C. (orgs). Por uma Educação do Campo. Petrópolis: Vozes, 2004.
ARROYO, M. A escola e o movimento social: relativizando a escola. Revista da Associação Nacional da Educação - ANDE. São Paulo: Cortez, n. 12, ano 6, 2012.
CASTRO-GOMEZ, S. Ciências Sociais, violência epistêmica e o problema da invenção do outro. In: Colonialidade do Saber, Eurocentrismo e Ciências Sociais Perspectivas Latino-americanas. Organização LANDER, E. Buenos Aires: Clacso, p. 169-186, 2005.
CAVALCANTE, L. O. H; VERGUTZ, C. L. B. As aprendizagens na Pedagogia da Alternância e na Educação do Campo. In: Revista Reflexão e Ação. Santa Cruz do Sul, v. 22, n. 2, p. 371-390. Jul./dez 2014.
COELHO, W. N. B.; SANTOS, R. A.; SILVA, R.M.N.B. Educação e Diversidades na Amazônia. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2015.
DIEGUES, A. C. S. Sociobiodiversidade. Encontros e caminhos: formação de educadoras (es) ambientais e coletivos educadores. Brasília: MMA, 2005.
GHEDIN, E; BORGES, H. da S. Educação do Campo: a epistemologia de um horizonte em formação. Manaus: UEA Edições, 2007. Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
INGOLD, T. The Perception of the Environment. Essays on Livelihood, Dwelling and Skill. London: Routledge, 2000.
LAVE, J. Aprendizagem como/na prática. Revista Horizonte antropológico do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, ano 21, n. 44, p. 37-47, jul./dez. 2015. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/horizontesantropologicos/about. Acesso em: 12 de fev. de 2020.
LIMA, E. de S. Currículo das escolas do campo: perspectivas de rupturas e inovação In: LIMA, Elmo de Souza; SILVA, Ariosto Moura da. Diálogos sobre Educação do Campo. Teresina: EDUFPI, 2011.
OLIVEIRA, I. A. Educação no campo na Amazônia: bases socioculturais, epistemológicas e matrizes educacionais. XVI ENDIPE – Encontro Nacional de Didática e Práticas de Ensino – UNICAMP – Campinas-2012.
PORTO-GONÇALVES, C. W. Sustentabilidade em Debate. Brasília, v. 5, n. 3, p. 159-168, set/dez, 2014.
SAHLINS, M. Cultura na prática. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2007.
SANTOS, M. Metamorfoses do espaço habitado. Fundamentos teóricos e metodológicos da geografia. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 1997.
TOLEDO, V. BASSOLS, N, B. Memória Biocultural: la importancia ecológica de las sabidurías tradicionales. Icaria editorial, s.a. Barcelona: España, 2008.
TRIPP, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Revista Educação e Pesquisa. São Paulo, v. 31, n. 3, p. 443-466, set./dez. 2005.
VELHO, O. Diversidade cultural e a CT & I com desenvolvimento social. In: Almeida, A. W. B de (Org.) [et. al]. Conhecimentos tradicionais e territórios na Pan-Amazônia. Projeto Nova Cartografia Social. Manaus: UEA Edições. vol 1, n. 1, p. 2-25.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).