ESCUTA SENSÍVEL: SUCESSO NO CONTEXTO DA UMA

Résumé

A Universidade da Maturidade UMA surge como um espaço para possibilitar aos velhos sentir-se parte de um contexto social, sentir-se ativo. Um espaço pedagógico de convivência social e aquisição de novos conhecimentos, em que o ensino está imbricado com uma prática aberta, dinâmica, motivadora; em que o diálogo possibilite a proximidade entre professor-acadêmico para que possa compreender que é possível sua participação na sociedade enquanto sujeito histórico. O objetivo deste artigo é demonstrar que o uso da Escuta Sensível como instrumento metodológico é sucesso no contexto da UMA, pois a construção de vínculos afetivos entre professor e acadêmicos faz-se fundamental para consolidar os laços de confiança, carinho, proteção e cuidado. É uma pesquisa bibliográfica, qualitativa que utiliza de análise documental, sendo sua fonte cartas escritas pelos próprios acadêmicos da UMA. Conclui-se com a análise dessas cartas que os docentes envolvidos com as turmas de velhos utilizam dos princípios da escuta sensível, predispõem-se a ouvir, a compreender, a respeitar   o conhecimento e experiência do outro, o que leva a construção de vínculos afetivos entre professor e acadêmico que consolidam os laços de confiança, carinho, proteção e cuidado. Isso possibilita aos velhos, construírem e reconstruírem suas histórias com escuta sensível e motivação.

 

Bibliographies de l'auteur

Silvanis dos Reis Borges Pereira, Universidade Estadual do Tocantins (Unitins)

Professora na Universidade Estadual do Tocantins (Unitins). Doutoranda em Educação, Mestre em Educação pela Universidade Federal do Tocantins. Graduada em Pedagogia, Especialista em Psicopedagogia e Educação Religiosa. 

Luiz Sinésio Silva Neto, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Doutor Docente Adjunto do Curso de Medicina da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Coordenador e docente do Programa Universidade da Maturidade (UMA). Líder do Grupo de Pesquisa Pro-Gero - Envelhecimento Humano. 

Neila Barbosa Osório, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Pós Doutora Professora Associada do Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Tocantins – UFT. Coordenadora Nacional da Universidade da Maturidade. Pesquisadora membro dos Grupos de Pesquisa Pro-Gero e História, historiografia e fontes de pesquisa em educação. 

Références

BAKTHIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 2004.
BARCIA, Mary F. Educação Permanente no Brasil. Petrópolis, Vozes, 1982.
BARBIER, René. A Escrita Sensível em Educação. Cadernos ANPED, n.5, UFMG,
____________. A Pesquisa-ação. Trad.Lucie Didio. 2.ed. Brasília: Liber livro, 2007.
1993.
BRASIL. Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei N. 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso). Disponível em: www.planalto.gov.br/ ccivil_03/Leis/2003/L10.741.htm. Acesso em: 10.05.2017.
______. Lei n.° 8842 (1994, 4 de janeiro). Dispõe sobre a Política Nacional do Idoso. Brasília.
BOFF, Leonardo. Princípios da compaixão e cuidado. São Paulo: Vozes, 2000.
CARVALHO FILHO, E. T. de. Filosofia do Envelhecimento. In: PAPALÉO NETO, M. Tratado de Gerontologia. São Paulo: Atheneu, 2007.
FABIETTI, D. M. C. F. Cuidando do Idoso: a saúde e a doença. In: GONÇALVES, R. P. Envelhecer Bem, recriando o Cotidiano. Rio de Janeiro: Aquariana, 2010.
FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 29ª Ed. São Paulo, editora Paz e Terra, 2004. GOBLOT, Edmond, A Barreira e o nível: retrato da burguesia francesa na passagem do século, Campinas, SP, editora Papirus, 1989.
NERI, A. L. Envelhecer num país de jovens. 1ª ed. Campinas: Ed. Unicamp, 1991, 178p.
ROGERS, Carl R. a pessoa como centro. Trad: Rachel L. Rosenberg. São Paulo: EPU, 1977.
SOUSA, D. M.; OSÓRIO, N. B. ; SINESIO, Luiz . UNIVERSIDADE DA MATURIDADE: ressignificando vidas. In: VI Jornada Internacional de Políticas Públicas- O desenvolvimento da crise Capitalista e a atualização das lutas contra a exploração, a dominação e a Humilhação, 2013, São Luís- MA. VI Jornada Internacional de Políticas Públicas- O desenvolvimento da crise Capitalista e a atualização das lutas contra a exploração, a dominação e a Humilhação, 2013.
TUNES, E.; TACCA, M. C. V. R.; BARTHOLO JÚNIOR, R. dos S. O professor e o ato de ensinar. Cadernos de Pesquisa, v. 35, n. 126, p. 689-698, set./dez. 2005.
VASCONCELLOS, C.S. Para onde vai o professor? Resgate do professor como sujeito de transformações. São Paulo: Libertad, 2001.
Publiée
2022-09-28