PERFIL PROFISSIONAL DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA QUE ATUAM NA EDUCAÇÃO INFANTIL PÚBLICA DAS CAPITAIS BRASILEIRAS

Palavras-chave: Educação Física. Educação Infantil. Perfil Docente.

Resumo

Analisa o perfil profissional dos professores com formação em Educação Física que atuam na Educação Infantil em 10 capitais brasileiras. Por meio de uma pesquisa exploratória, que utilizou questionários na produção dos dados, identificamos a faixa etária, o gênero, a formação acadêmica e o tempo de experiência profissional de 142 docentes. Os dados mostram que se trata de um grupo, majoritariamente, jovem (73,7% <39 anos), composto por mulheres (64%), em início de carreira (54% ≤5 anos) e com pós-graduação (76,4%). Os resultados encontrados ratificam a Educação Infantil como um universo prdominantemente feminino, constituído por docentes jovens, na fase inicial da carreira e com alto de nível de escolaridade, que ingressam nessa etapa da Educação Básica mais por condição do que por opção profissional.

Biografia do Autor

Rodrigo Lema Del Rio Martins, Universidade Federal do Tocantins

Professor do curso de Educação Física da Universidade Federal do Tocantins, Líder do NAIF (Núcleo de Aprendizagens com as Infâncias e seus Fazeres) e do GIPEF (Grupo de Investigação Pedagógica em Educação Física).

André da Silva Mello, Universidade Federal do Espírito Santo

Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo, Líder do NAIF (Núcleo de Aprendizagens com as Infâncias e seus Fazeres).

Referências

ALMEIDA, J. S. Mulher e educação: a paixão pelo possível. São Paulo: Ed. da Unesp, 1998.

ALMEIDA, J. S. Mulheres na educação: missão, vocação e destino? A feminização do magistério ao longo do século XX. In: SAVIANI, D. et al. O legado educacional do século XX. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2006. p. 59-101.

ANDRADE FILHO, N. F.; LARGURA, J. S. M. N.; SARNÁGLIA, T. Q. A presença de homens que trabalham na Educação Infantil do município de Vitória: desafios e perspectivas cotidianas. In: MELLO, A. S.; SANTOS, W.; ANDRADE FILHO, N. F.; POZZATTI, M. (Org.). Pibid: formação docente e práticas pedagógicas em Educação Física. Curitiba: APPRIS, 2016. p. 77-93.

BARBOSA, R. F. M. Hibridismo brincante: um estudo sobre as brincadeiras lúdico-agressivas na educação infantil. 2018. Tese (Doutorado em Educação Física) – Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória/ES, 2018.

BARRETO, E. S. E. Políticas de formação docente para a educação básica no Brasil: embates contemporâneos. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 20 n. 62, p. 679-701, jul./set. 2015.

BRASIL. Congresso Nacional. Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Lei de diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 23 dez. 1996.

BRASIL. Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. Institui o piso salarial profissional do magistério. Diário Oficial da União. Brasília, 17 jul. 2008. Seção 1, p. 1.

BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. In: BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. p. 80-101.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 10 jul. 2019.

BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação. Brasília, 27 jun. 2014. Disponível em: http://pne.mec.gov.br/. Acesso em: 15 jul. 2019.

CARVALHO, R. S. O imperativo do afeto na educação infantil: a ordem do discurso de pedagogas em formação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 40, n. 1, p.231-246, jan./mar. 2014.

CHAMON, M. Trajetória de feminização do magistério do magistério: ambiguidades e conflitos. Belo Horizonte: Autêntica/FHC-FUMEC, 2005.

FERREIRA, E. M.; OLIVEIRA, T. N. “fora do lugar ou um lugar novo”: a presença masculina na educação infantil. Horizontes – Revista de Educação, Dourados/MS, v. 4, n. 7, p. 89-108, jan./jun. 2016.

GATTI, B.; BARRETTO, E. S. S. Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília: UNESCO, 2009.

GONÇALVES, J. P. et al. Relações de Gênero e Representações Sociais Relativas à Atuação de Homens Professores de Crianças. Revista Formação Docente, Belo Horizonte, v. 7, n. 1, p. 36-54, jan./jun. 2015.

HANDCOCK, M. S.; GILE, K. J. On the Concept of Snowball Sampling. Sociological Methodology, v. 41, n. 1, p. 367-371, ago. 2011.

HUBERMAN, M. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, A. (Org.). Vidas de professores. 2. ed. Porto: Porto, 2000. p. 31-61.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Relatório do 1º ciclo de monitoramento das metas do PNE: biênio 2014- 2016. Brasília: Inep, 2016. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/documents/186968/485745/RELAT%C3%93RIO+DO+PRIMEIRO+%20CICLO+DE+MONITORAMENTO+DAS+METAS+DO+PNE+-+BI%C3%8ANIO+2014-%202016/0dc50e21-3a60-444b-b7f6-1f16b8e5591f?version=1.1. Acesso em: 14 jun. 2019.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Sinopse estatística da Educação Básica 2017. Brasília: Inep, 2018. Disponível em: http://inep.gov.br/sinopses-estatisticas-da-educacao-basica. Acesso em: 15 jun. 2019.

MARTINS, R. L. R.; ALMEIDA, F. Q.; MELLO, A. S. “UM ESTRANHO NO NINHO”: a pós-graduação stricto sensu no PPGEF/UFES frente às políticas científicas da área 21. Revista Ciências Humanas. Taubaté/SP, v. 11, n. 2, edição 21, p. 156-171, dez. 2018.

MARTINS, R. L. R. O lugar da Educação Física na Educação Infantil. 2018. Tese (Doutorado em Educação Física) – Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória/ES, 2018.

MARTINS, R. L. R.; TRINDADE, L. H.; MELLO, A. S. Educação infantil e formação docente: análise das ementas e bibliografias de disciplinas dos cursos de educação física, Movimento, Porto Alegre, v. 24, n. 3, p. 705-720, jul./set. de 2018.

MARTINS, R. L. R.; TRINDADE, L. H.; MELLO, A. S. Diálogos entre as produções acadêmico-científicas da educação física e os documentos orientadores da educação infantil. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, 2019 (no prelo).

MELLO, A. S. et al. Educação infantil a e base nacional comum curricular: interfaces com a educação física. Motrivivência, Florianópolis, v. 28, n. 48, p. 130-149, set. 2016.

MONTEIRO, M. K.; ALTMANN, H. Homens na educação infantil: olhares de suspeita e tentativas de segregação. Cadernos de pesquisa, v. 44, n. 153, p. 720-741, jul./set. 2014.

NUNES, K. R.; FERREIRA NETO, A. Os currículos da Educação Física na educação infantil em Vitória, ES (1991-2007). Diálogo Educacional, Curitiba, v. 12, n. 36, p. 485-507, maio/ago. 2012.

PASCHOAL, J. D.; MACHADO, M. C. G. A história da educação infantil no brasil: avanços, retrocessos e desafios dessa modalidade educacional. Revista HISTEDBR, Campinas, n. 33, p. 78-95, mar. 2009.

PREFEITURA MUNICIPAL DE VITÓRIA. Edital PMV n. 001/1990. Primeiro concurso público para o magistério (Professor A, Professor B, Especialistas). Vitória: Prefeitura Municipal, 1990.

ROSSI, F.; HUNGER, D. As etapas da carreira docente e o processo de formação continuada de professores de Educação Física. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 26, n. 2, p. 323-38, abr./jun. 2012.

SAYÃO, T. D. Relações de gênero e trabalho docente na Educação Infantil: um estudo de professores em creches. 2005. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis/SC, 2005.

SOUZA, A. R.; MELO, J. C. Educadora ou tia: os reflexos da feminização do magistério na construção da identidade profissional de professores(as) da educação infantil. Inter-Ação, Goiânia, v.43, n.3, p. 697-709, set./dez. 2018.

TRISTÃO, A. D.; VAZ, A. Sobre a formação de professores de educação física que atuam com crianças pequenas: relato de uma experiência. Políticas Educativas, Porto Alegre, v. 7, n. 2, p. 20-36, 2014.

VIANNA, C. P. A feminização do magistério na educação básica e os desafios para a prática e a identidade coletiva docente. In: YANNOULAS, S. C. (Org.). Trabalhadoras: análise da feminização das profissões e ocupações. Brasília: Abaré, 2013. p. 159-180.

Publicado
2019-11-11