O TRABALHO DO PROFESSOR: REFLEXÕES TEÓRICAS SOBRE O ADOECIMENTO NO EXERCÍCIO DA SUA FUNÇÃO

  • Josiane Bertoldo Piovesan Universidade Federal de Santa Maria
  • Wagner de Moura Oliveira Universidade Federal de Santa Maria
  • Suzel de Lima da Silva Universidade Federal de Santa Maria
  • Francisco Nilton Gomes de Oliveira Universidade Federal de Santa Maria

Résumé

Levando em conta a atual realidade do contexto do ensino, em que se observam as cobranças do mercado de trabalho, somadas às rotinas de trabalho das IES (Instituições de Ensino Superior), a qualidade de vida do professor, tanto em sala de aula, quanto fora dela, está diminuindo porque ele está adoecendo. Assim, este estudo propõe realizar uma discussão teórica sobre os causadores de adoecimento dos professores em suas rotinas de trabalho, e o quão essa dinâmica laboral do professor acarreta um adoecimento psíquico, físico e social ao docente. Dessa forma, foi possível desvendar que a sociedade moderna dita que trabalhar é essencial, mas nem sempre as condições do trabalho trazem satisfação ao docente. Embora o tema seja bastante difundido em estudos da área da sociologia, educação e saúde, estima-se que mais pesquisas de campo sejam executadas para que as autoridades locais possam ter parâmetros reais para repensar suas estratégias.

Bibliographies de l'auteur

Josiane Bertoldo Piovesan, Universidade Federal de Santa Maria

Barachel em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal de Santa Maria, atualmente voluntária no Projeto de Extensão em Saúde do Trabalhador. Participante do Projeto de Extensão: UFSM nas Ruas: Mais Portas, Menos Muros Para Catadores de Materiais Recicláveis e pessoas em Situação de Rua. Mestranda em Educação Profissional e Tecnológica na UFSM, atuando na linha de pesquisa: Formação Docente para a Educação Profissional e Tecnológica.

 

Wagner de Moura Oliveira, Universidade Federal de Santa Maria

Graduado em História Licenciatura Plena e Bacharelado pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestrando do Programa de Pós-graduação em Educação Profissional e Tecnológica da UFSM, atuando na linha de pesquisa de Formação Docente para a Educação Profissional e Tecnológica.

Suzel de Lima da Silva, Universidade Federal de Santa Maria
Terapeuta Ocupacional pela Universidade Federal de Santa Maria. Especialização em Gestão e Atenção Hospitalar no SUS com Ênfase em Hemato-oncologia pela UFSM. 

 

Francisco Nilton Gomes de Oliveira, Universidade Federal de Santa Maria

Possui graduação em Terapia Ocupacional pela Universidade de Fortaleza, Mestrado em Psicologia pela Universidade de Fortaleza, Doutorado em Linguística pela Universidade Federal de Pernambuco e Pós Doutorado em Educação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFGRS. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Santa Maria- UFSM do Departamento de Terapia Ocupacional, docente do Mestrado Educação Profissional e Tecnológica no Colégio Técnico Industrial na Universidade Federal de Santa Maria, na linha de pesquisa: Políticas e Gestão em Educação Profissional e Tecnológica. Acumula experiência na área de Gestão em Educação superior, Direção de Ensino, Coordenação de cursos, Coordenação do Programa em Saúde Mental, Tutor e Preceptor da Residência Multiprofissional da UFSM.

Références

ASSUNÇÃO, A. A. & OLIVEIRA, D. A. Intensificação do trabalho e saúde dos professores. Educ. Soc., Campinas, vol. 30, n. 107, p. 349-372, maio/ago. 2009.

BARRETO, M. M. S. (2006). Violência, saúde e trabalho (uma jornada de humilhações). São Paulo: PUCSP.

CARLOTTO, Mary Sandra. Síndrome de Burnout e características de cargo em professores universitários. Revista Psicologia: organizações e trabalho, v. 4, n. 2, p. 145-162, 2004. Disponibilidade em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/ rpot/article/view/7642/6977>. Acesso em: 22 jan. 2019.

CARLOTTO, Mary Sandra. Síndrome de Burnout em Professores: Prevalência e Fatores Associados. Psicologia: Teoria e Pesquisa Out-Dez 2011, Vol. 27 n. 4, pp. 403-410.

CARLOTTO, Mary Sandra; LIBRELOTTO, Rejane; PIZZINATO, Adolfo; BARCINSKI, Mariana. Prevalência e fatores associados à Síndrome de Burnout nos professores de ensino especial. Análise Psicológica vol.30 no.3. Lisboa jul. 2012.

COSTA, A. L. R. C. da. As múltiplas formas de violência no trabalho de enfermagem: o cotidiano de trabalho no setor de emergência e urgência clínica em um hospital público (Tese de Doutorado não publicada). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005.

DEJOURS, C. Banalização da injustiça social. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, 1999.

FORATTINI, C. D.; LUCENA, C. Adoecimento e sofrimento docente na perspectiva de precarização do trabalho. Laplage em Revista (Sorocaba), vol.1, n.2, mai.-ago. 2015, p. 32-47. Disponibilidade em: <http://www.laplageemrevista.ufscar.br/ index.php/lpg/article/view/19/369>. Acesso: em: 22 jan. 2019.

FRANCO, M. E. D. P. Comunidade de conhecimento, pesquisa e formação do professor do ensino superior. In: MOROSINI, M. C. (org.). Docência universitária e os desafios da realidade nacional. Brasília: Plano, 2001. p. 109-135.

GASPARINI, Sandra Maria; BARRETO, Sandhi Maria; ASSUNÇÃO, Ada Ávila. Prevalência de transtornos mentais comuns em professores da rede municipal de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 22, p. 2679-2691, 2006.

GOUVÊA, Leda Aparecida Vanelli Nabuco de. As condições de trabalho e o adoecimento de professores na agenda de uma entidade sindical. Saúde Debate | rio de Janeiro, v. 40, n. 111, p. 206-219, OUT-DEZ 2016.

LANDINI, Sonia R. Professor, trabalho e saúde: as políticas educacionais, a materialidade histórica e as consequências para a saúde do trabalhador-professor. In: Colloquium humanarum. Directory of Open Access Journals, 2007. p. 08-21. Disponibilidade em: <http://revistas.unoeste.br/index.php/ch/article/view/222/599>. Acesso em: 24 jan. 2019.

LIMA, M. E. A. Transtornos mentais e trabalho: o problema do nexo causal. Revista de Administração da FEAD, 2(1), 73-80, 2005.

MARTINEZ, M. C., & PARAGUAY, A. I. B. B. Satisfação e saúde no trabalho, aspectos conceituais e metodológicos. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 6, 59-78, 2003.

MARX, K.: ENGELS.F. Crítica da educação e do ensino. Lisboa: Moraes, 1978.

PÊGO FPL, PÊGO DR. Síndrome de Bournout. Revista Brasileira Medicina do Trabalho. 2016:171-176.

SANTANA, F. A. L., NEVES, I. R. Saúde do trabalhador em educação: a gestão da saúde de professores de escolas públicas brasileiras. Saúde Soc. São Paulo, v.26, n.3, p.786-797, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v26n3/0104-1290-sausoc-26-03-00786.pdf. Acesso em: 22 de jan. de 2019.

SILVA, S. G. da, PAIVA, A. C. S. O pathos docente em narrativas: relações entre trabalho, subjetividades docentes e adoecimento psíquico. Revista de Ciências Sociais. Fortaleza, v.49, n. 1, p.535-577, mar./jun., 2018.Disponibilidade em: <http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/32433/1/2018_art_sgsilvaacspaiva.pdf>. Acesso em: 22 jan. 2019.

SOUZA, K.R., et al. A nova organização do trabalho na universidade pública: consequências coletivas da precarização na saúde dos docentes. Ciência & Saúde Coletiva, 22(11):3667-3676, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v22n 11/1413-8123-csc-22-11-3667.pdf. Acesso em: 22 de jan. de 2019.

SOUZA, E. M. R. de, COUTINHO, D. J. G. Adoecimento das professoras das primeiras letras EM Olinda: sintomas, queixas e diagnósticos. Educ. rev. vol.34, Belo Horizonte 2018. Epub Oct 22, 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010246982018000100175&lng=en&nrm=iso&tlng=pt&ORIGINALLANG=pt>. Acesso em: 22 jan. 2019.

TARDIF, Maurice. LESSARD, Claude. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2011.

Publiée
2019-08-08