PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO NORTE, EVOLUÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO SETORIAL DO EMPREGO REGIONAL
Resumen
Este trabalho busca analisar a evolução e especialização do emprego dos estados da região Norte do Brasil, de acordo com os setores da economia, através do Quociente Locacional (QL). Para tal, faz-se uma revisão bibliográfica acerca do processo histórico de ocupação da região e aborda as teorias de desenvolvimento econômico, partindo das teorias acerca das regiões e sua importância para compreensão dos aspectos econômicos, sociais e políticos atuais. A metodologia consiste no comparativo da evolução e especialização do emprego setorial dos sete estados da região Norte, a partir do QL, uma ferramenta tradicional utilizada em estudos de economia regional para identificar as aglomerações especializadas. Para o cálculo do QL foram utilizados os dados do número de emprego da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), dos anos de 2010, 2015 e 2020. Os setores analisados são: Indústria, Construção Civil, Comércio, Serviços e Agropecuária. Como principais resultados, notou-se que, o setor da indústria, apenas o estado do Amazonas possui uma concentração maior que a região; o setor de Construção Civil apresentou maior especialização em quatro estados; o setor de Comércio e Serviços é mais concentrado em seis estados; e o Tocantins foi o único estado a apresentar concentração acima de 2, no setor de Agropecuária.
Citas
BENITEZ, Rogério Martin. O Capital Social Fixo como Insumo do Desenvolvimento Regional. Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, v. 29, n. 2, p. 143-157, abr/jun. 1998.
BENKO, Georges. Economia, Espaço e Globalização na aurora do século XXI. 2. ed. São Paulo: Hucitec 1999.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho. Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) Brasília, DF, 1997.
BREITBACH, Áurea Corrêa de Miranda. Estudo sobre o conceito de região. Porto Alegre: Fundação de Economia e Estatística, v. 1, 1988. 96p. (Teses, 13).
BUARQUE, Sérgio C. Integração Fragmentada e Crescimento da Fronteira Norte. In: AFFONSO, Rui de Britto Álvares e SILVA, Pedro Luiz Barros da (Org.). Desigualdades regionais e desenvolvimento. Série Federalismo no Brasil. São Paulo: FUNDAP/UNESP, 1995.
CADERNO TOM DA AMAZÔNIA. História da ocupação da Amazônia. Rio de Janeiro, Fundação Roberto Marinho/Instituto Antonio Carlos Jobim/Furnas Centrais Elétricas/Eletronorte/Eletrobrás, 2005.
CANO, Wilson. Concentração e desconcentração econômica regional no Brasil. Economia e Sociedade, v. 4, n. 8, 1997.
CODEVASF. Caderno de caracterização: estado do Tocantins / organizadores, Renan Loureiro Xavier Nascimento, Camilo Cavalcante de Souza, Marcos Antonio das Neves de Oliveira – Brasília, DF: CODEVASF, 2021.
COSTA, Simone da Silva. Pandemia e desemprego no Brasil. Revista de Administração Pública - Rio de Janeiro 54(4):969-978, jul. - ago. 2020.
DINIZ, Bernardo Palhares Campolina; BOSCHI, Rodrigo Fortini O desenvolvimento econômico e humano diferenciado das regiões do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas Gerais. In: X Seminário Sobre a Economia Mineira, 2002. Diamantina, 2002.
DINIZ, Clélio Campolina Global-Local: Interdependência e Desigualdade ou Notas para uma Política Tecnológica e Industrial Regionalizada no Brasil. Rio de Janeiro: CEDEPLAR/IE/UFRJ, 2000.
DUARTE, Vilmar Nogueira. Desenvolvimento equilibrado versus desenvolvimento desequilibrado: uma breve revisão das principais teorias. Revista de Desenvolvimento Econômico, Salvador, v. 17, n. 31, p. 194-205, jan./jun. 2015.
FEITOSA, C. O. Do regional ao local: uma transição conceitual. In: Ricardo Oliveira Lacerda de Melo; Dean Lee Hansen. (Org.). Desenvolvimento regional e local: novas e velhas questões. Desenvolvimento regional e local: novas e velhas questões. São Cristóvão: Editora da UFS, v. 1, 2007.
FERREIRA, C. M. de C. Teorias da localização e a organização espacial da economia. In: HADDAD, P. R.; FERREIRA, C. M. de C.; BOISIER, S.; ANDRADE, T. A. Economia Regional. Teorias e métodos de análise. Fortaleza. BNB/ETENE, 1989.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Brasileiro de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2011.
LIMA, Alexandre Vasconcelos de; FREITAS, Elísio de Azevedo. A Pandemia e os Impactos na Economia Brasileira. Boletim Economia Empírica. Vol I | Nº IV | 2020 ISSN 2675-3391.
MOURA, H. A.; MOREIRA, M. M. A População da Região Norte: Processos de Ocupação e de Urbanização Recentes. Brasília: Parceria e Estratégias, 2001.
OLIVEIRA, José Ribamar da Cruz. COSTA, Newton de Lucena. Sistemas Produtivos de Rondônia. Ruralnet, p. 1 - 5, 27 jan. 2003.
PEREIRA, S. M. Da Economia Colonial à Crise da Borracha. In: V Encontro de Economia Política e XVII Encontro de Entidades de Economistas do Nordeste. Fortaleza: V Encontro de Economia Política e XVII Encontro de Entidades de Economistas do Nordeste, 2000.
PIRES, J. M. A política social no período populista. Tese de Doutorado. São Paulo: IPE/USP, 1995.
PIRES, J. M. Economia Regional e Urbana. In: PINHO, Diva Benevides, VASCONCELOS, Marco Antônio Sandoval de. Manual de Economia. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 1998.
RAIS, Relação anual de informações sociais: RAIS. Brasília: MTE, 2010-2015-2020.
SANTOS, R. A. de O. História econômica da Amazônia: 1800-1920. São Paulo: T. A. Queiroz, 1980.
SCHERVENSKI, M. P. Região Norte. Palhoça: Unisul, 2010.
SOUZA, Nali de Jesus de. Teoria dos Polos, Regiões Inteligentes e Sistemas Regionais de Inovação. Análise, Porto Alegre, v. 16, n. 1, p. 87-112, jan./jul. 2005.
SOUZA, Silvério Luiz Carvalho de. Desenvolvimento regional no Brasil: as transformações econômicas no período de 1985 a 2007. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional e Gestão de Empreendimentos Locais) – Universidade Federal de Sergipe, 2008.
STELLA, T. H. de T. A integração econômica da Amazônia (1930-1980). Dissertação de Mestrado. Campinas: Unicamp, 2011.
VELOSO, R. de S. Da primeira peita de ouro à interdição oficial: panorama socioeconômico do garimpo de Serra Pelada. Palmas: UFT, 2011.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).