DESAFIOS DA PESQUISA ETNOGRÁFICA COM POVOS INDÍGENAS EM TEMPOS DE PANDEMIA: APRENDENDO OUTRAS ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS

Rosane  Duarte Rosa Seluchinesk; Gisele  Moura de Jesus

Rosane Duarte Rosa Seluchinesk Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) https://orcid.org/0000-0001-6182-9582
Gisele Moura de Jesus Secretaria Municipal de Educação de Campo Novo do Parecis-MT https://orcid.org/0000-0002-6672-4162

Resumen

Com o objetivo de tratar os impactos causados pela pandemia na pós graduação stricto sensu, mais especificamente nas pesquisas desenvolvidas por alunos de mestrado, é que se propõe a compartilhar uma experiência, que com toda certeza é um dos tantos casos que precisou se reinventar durante a pandemia da covid-19. Neste intuito é apresentado o percurso metodológico, desde o projeto apresentado na seleção para entrada no curso em 2020 até o desfecho final com a defesa do estudo realizado. Neste espaço de reinvenções se dá destaque ao uso das tecnologias tanto para o ensino, pesquisa e extensão que se constituem elementos da formação na pós-graduação. Por fim é possível afirmar diante desta reflexão, que mesmo diante de uma adversidade letal, onde todos corriam riscos de contaminação, foi possível realizar a pesquisa com a qualidade exigida pelos rigores científicos e outros olhares que o cenário exigiu.

Biografía del autor/a

Rosane Duarte Rosa Seluchinesk, Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)

Graduada em Pedagogia (UFMT), Mestrado em Educação (UFPR), Doutorado em Desenvolvimento Sustentável (UNB), Pós-doutorado em Estudos de Gênero (UNAM-México). Professora Adjunto na Universidade do Estado de Mato Grosso.

Gisele Moura de Jesus, Secretaria Municipal de Educação de Campo Novo do Parecis-MT

Graduada em Matemática (UNEMAT), Mestrado em Educação (UNEMAT). Professora efetiva SME/ Campo Novo do Parecis-MT.

Citas

ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Etnografia da prática escolar. 4. ed. São Paulo: Papirus, 1995.

BRASIL, Ministério da Saúde. Coronavírus: Brasil confirma primeiro caso da doença. Brasília, 2020. Ascom SE/UNA-SUS, 27 de fev. 2020. Disponível em:
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional da Educação. Parecer CNE/CP Nº 5/2020. Reorganização do Calendário Escolar e da possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para fins de cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da Pandemia da COVID-19. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1 jun. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Plano Nacional da Pós-graduação – PNPG 2011 a 2020. Brasília-DF: CAPES, 2010.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

BUBER, M. Do diálogo e do dialógico. Trad. Marta Queiroz e Regina Weinberg, São Paulo: Ed. Perspectiva, 1982.

FIOCRUZ/FGV, Relatório Técnico. Risco de espalhamento da COVID-19 em populações indígenas: considerações preliminares sobre vulnerabilidade geográfica e sociodemográfica. Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: . Acesso em 12 de novembro de 2021.

FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

FOLHA DE SÃO PAULO - UOL. Brasil tem mais de 170 mil mortes por Covid-19 e 6,1 milhões de casos. São Paulo, 24 de novembro de 2020. Disponível em: . Acesso em 22 de setembro de 2021.

G1, O GLOBO, EXTRA, ESTADÃO, FOLHA e UOL. Veículos de comunicação formam parceria para dar transparência a dados de Covid-19. São Paulo, 08/06/2020. Disponível em: . Acesso em: 22 de dezembro de 2021.

GAMBOA, Silvio Sánchez. Projetos de pesquisa, fundamentos lógicos: a dialética entre perguntas e respostas. Chapecó, SC: Argos, 2013.

GREEN, J.; BLOOME, D. Ethnography and ethnographers of and in education: a situated perspective. In: FLOOD, J.; HEALTH, S. B.; LAPP, D. (Orgs.). Handbook for literacy educators: research in the community and visual arts. New York - USA: Macmillan, 1998. p. 181-202.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Brasileiro de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.

JUNG, N. M. Identidades sociais na escola: gênero, etnicidade, língua e as práticas de letramento em uma comunidade rural multilíngue. Tese (Doutorado em Letras) – Instituto de Letras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.

KOZINETS, Robert. V.. Netnografia: Realizando pesquisa etnográfica online. Porto Alegre: Penso, 2014.
MATTOS, C. L. G.; CASTRO, P. A.; Estudos etnográficos da educação: uma revisão de tendências no Brasil. In: MATTOS, C. L. G.; CASTRO, P. A. (Org.). Etnografia e educação: conceitos e usos [online]. Campina Grande: EDUEPB, 2011. Disponível em: . Acesso em: 19 set. 2021.
MBEMBE, A. Necropolítica. Arte & Ensaios, n. 32, p. 123–151, dez. 2016. Disponível em: . Acesso em: 19 de setembro de 2022.

OLIVEIRA, R. C. de. O trabalho do Antropólogo: olhar, ouvir, escrever. Revista de Antropologia, [S. l.], v. 39, n. 1, p. 13-37, 1996. DOI: 10.11606/2179-0892.ra.1996.111579. Disponível em: . Acesso em 20 de setembro de 2021.

PIVETTA, Hedioneia Maria Foletto, et al. Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária: em busca de uma Integração Efetiva. Revista Linhas Críticas, Brasília, DF, v. 16, n. 31, p. 377-390, jul./dez. 2010. ISSN 1516-4896.

PRESADO, Maria Helena, BAIXINHO, Cristina Lavareda. OLIVEIRA, Ellen, S.F. Investigação qualitativa em tempos de pandemia. Revista Brasileira de Enfermagem [online]. 2021, v. 74. Disponível em: . Acessado em: 21 set. 2022.

SILVA, Maria da Penha da. Pesquisa Etnográfica com Povos Indígenas em Pernambuco: Estratégias Metodológicas Mediante a Pandemia do COVID-19. Revista de Estudos e Investigações Antropológicas, [S.l.], v. 8, n. 1, set. 2021. ISSN 2446-6972. Disponível em: . Acesso em: 17 set. 2022.