A REPRESENTAÇÃO DAS RELAÇÕES AFETIVAS E DO SILÊNCIO NO ROMANCE CONTEMPORÂNEO DE MARÍLIA ARNAUD

Resumen

Este artigo tem como objetivo apresentar um estudo acerca das relações afetivas e do silêncio, a partir da análise da obra epistolar Suíte de silêncios (2012), romance de estreia da autora paraibana Marília Arnaud. Como o próprio título antecipa, a obra apresenta um tom lírico, na qual se misturam música e silêncio, para compor a trajetória da protagonista-narradora, a musicista Duína, marcada por perdas irreparáveis: a carência afetiva devido à partida da mãe na infância, a ausência de afetividade paterna, o desamparo causado pela morte da avó na juventude, o abandono daquele que considerava seu grande amor. Com base nos estudos do filósofo Zygmunt Bauman, sobretudo a emblemática obra Amor líquido (2005), percebe-se que o romance traz uma identidade feminina em crise em meio às demandas contemporâneas e à precariedade das relações afetivas, mescladas entre o erotismo e o desamparo; nas premissas de As formas do silêncio (1997) de Eni Orlandi, compreendemos a presença do silêncio na trajetória da personagem.

Biografía del autor/a

Yuri Juan de Oliveira, Universidade Estadual do Paraná (Unespar)

Graduando em História pela UNESPAR/Campo Mourão. Bolsista da Iniciação Científica e voluntário da Residência Pedagógica. 

Mirian Cardoso da Silva, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Doutora em Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). 

Wilma dos Santos Coqueiro, Universidade Estadual do Paraná (Unespar)

Doutora em Letras/área de concentração em Estudos Literários, na linha de pesquisa Literatura e construção de identidades, na Universidade Estadual de Maringá. Docente adjunta do colegiado de Letras e do Programa de Pós Graduação em Sociedade e Desenvolvimento (PPGSeD) da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). 

Citas

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Publicado
2023-05-15
Sección
Artigos