GENEALOGIA DA CRECHE TIA BIRA: ZONA DE MERETRÍCIO INTERIORANA E DISCIPLINARIZAÇÃO DA INFÂNCIA

  • Carmen Lucia Fornari Diez UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE
  • Marina Patrício Arruda, MPA UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE
  • Mary Isolete Silva Duarte Berteli, MISDB UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE

Resumen

O artigo apresenta resultados de uma pesquisa sobre a trajetória histórica da Creche Tia Bira e analisa as relações de saber poder sob a perspectiva genealógica de Michel Foucault. O embasamento teórico permitiu-nos ampliar o olhar acerca da história por meio de vários registros das memórias daqueles que participaram do processo de institucionalização da creche. No decorrer dos estudos, fomos identificando que as relações de poder e saber estão presentes na forma de micropoderes. Para compreender a trajetória da disciplinarização da infância assistida e a identidade da Creche Tia Bira, investigamos as situações que contribuíram para destacar a sua existência e a sua manutenção, percebendo nos detalhes simples e corriqueiros as evidências da constituição de indivíduos úteis que se sujeitavam às práticas desenvolvidas e outros que se rebelavam ao poder exercido pelos adultos. A importância da genealogia está em permitir que os leitores formem a própria narrativa sobre espaço e sujeito que compõem parte desta história iniciada em uma casa humilde da zona de meretrício, cuja existência repercutiu na reconstrução da história de uma cidade.

Palavras-chave: Genealogia ; relações de saber poder; disciplinarização da infância

Biografía del autor/a

Marina Patrício Arruda, MPA, UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE

Graduada em ciências Sociais, mestre e doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul(2003). Pós-doutora em Educação (PUCRS/2012). Atualmente é professora e pesquisadora nos Programas de Pos-graduação em Educação (PPGE) e em Ambiente e Saúde (PPGAS) da Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC) É Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação, Saúde e Qualidade de Vida - GEPESVIDA- que tem como objetivo contribuir com a formação do educador no sentido de promover reflexões baseadas no desenvolvimento da teoria da complexidade ou, ainda, teoria da auto-organização, na perspectiva do resgate do ser de inteireza. 

Mary Isolete Silva Duarte Berteli, MISDB, UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE

É professora na Educação Infantil da rede municipal de ensino de Lages, SC. Possui aduação em Ciências Sociais pela Universidade do Planalto Catarinense (1989). Possui Especialização em Pré-Escola e Alfabetização (1995),  Especialização em Gestão da Escola Pública (1996-1997) e mestrado em Educação pela Universidade do Planalto Catarinense (2016)

Publicado
2018-11-09
Sección
Artigos