DE PEQUENOS A GRANDES LEITORES: A MEDIAÇÃO DA LEITURA COMO MECANISMO IMPULSIONADOR DO PROTAGONISMO INFANTIL NA HORA DA HISTÓRIA
Resumen
Ouvir que a criança tem a dizer sobre suas percepções e memórias relacionadas à história narrada nos momentos de leitura nem sempre ocorre, o que minimiza seu papel nesse ato de formação e prazer, pois considera-se equivocadamente que ouvir a narrativa é muito mais importante do que dar voz à infância. Nessa perspectiva, objetiva-se verificar em que medida atividades com literárias contribuem para a promoção do letramento emergente de crianças. Para tal, foi adotado o seguinte percurso investigativo: (1) Aplicação do roteiro de Leitura; (2) Momentos de leitura, utilizando a estratégia do RECALL e (3) Avaliação dos resultados. Ao final da pesquisa, os alunos demonstraram habilidades de linguagem oral mais consolidadas, ampliaram seu vocabulário, melhoraram a construção narrativa, demonstraram grande interesse em propostas literárias, passaram de ouvintes a contadores de histórias e adquiriram conhecimentos sobre o mundo da escrita.
Citas
ANTUNES, Jéssica Maís. Literatura Infantil: Construindo práticas pedagógicas para o desenvolvimento da linguagem. Dissertação (Mestrado em Letras) – Universidade Feevale. Novo Hamburgo, 2020.
BAJARD, Élie. Da escuta de textos à leitura. São Paulo: Cortez, 2007.
BAJOUR, Cecília. Ouvir nas entrelinhas. O valor da escuta nas práticas de leitura. São Paulo: Pulo do Gato, 2012.
BAMBERGER,Richard. Como incentivar o hábito da leitura. Tradução de Octavio Mendes Cajado. SP: Cultrix,1977.
BARBOSA, Márcio Ferreira. Experiência e narrativa. Salvador: EDUFBA, 2003.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil, vol. 3. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRITTO, L. P. L. Ao revés do avesso. Leitura e formação. São Paulo: Pulo do Gato, 2015.
CARVALHO, Ana Carolina; BAROUKH, Josca Aline. Ler antes de saber ler. Oito mitos escolares sobre a leitura literária. São Paulo: Panda Books, 2018.
COELHO, B. Contar histórias – uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 2002.
COLOMER, Teresa. A formação do leitor literário. São Paulo: Global, 2003.
COLOMER, Teresa. Introdução à literatura infantil e juvenil atual. São Paulo: Global, 2017.
DOYLE, B. G. & BRAMWELL, W. Promoting emergent literacy and social–emotional learning through dialogic reading. The Reading Teacher, 59(6), 2006, p. 554-564.
ERGÜL, C., AKOĞLU, G., KARAMAN, G. & SARICA, A.D. Effects of Dialogic Reading Program on Later Reading Skills: Follow-Up Study. Journal of Theoretical Educational Science, 10(2), 2017, p. 191-219.
FREIRE, P. A Importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 22. ed. São Paulo: Cortez, 1988.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GILLEN, J; HALL, N. The emergence of early childhood literacy. In J. Marsh, J. Larson & N. Hall (Eds), The handbook of early childhood literacy. 2ª ed. London: Sage, 2013. p. 03-17.
HAVELOCK, Eric. A equação oralidade-escritura: uma fórmula para a mente moderna. In: OLSON, David; TORRANCE, Nancy. Cultura e oralidade. Tradução de Valter Lellis Siqueira. São Paulo: Ática, 1995. p. 17-34.
JOUVE, Vincent. Por que estudar literatura? São Paulo: Parábola, 2012.
LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina. Literatura infantil brasileira: história & histórias. 4 ed. São Paulo: Ática, 1988.
LAJOLO, Marisa. Literatura ontem, hoje, amanhã. São Paulo: Editora UNESP, 2018.
OLIVEIRA, Mª. Alexandre de. Dinâmicas em literatura infantil. São Paulo: Paulinas, 2009.
PRODANOV, C. C. Manual de metodologia científica. 3. ed. Novo Hamburgo, RS: Feevale, 2013.
SARAIVA, J. A. Literatura e alfabetização: do plano do choro ao plano da ação. Porto Alegre: Artmed, 2001.
SARAIVA; MUGGE. Literatura na escola. Porto Alegre: Artmed, 2006.
SMITH, M.W.; DICKINSON, D.K. Early Language and Literacy Classroom Observation (ELLCO). Toolkit, Research Edition. Baltimore: Brookes Publishing, 2002.
SULZBY, E.; TEALE, W. H. Emergent literacy. In: BARR, R.; KAMI, P. M.; MESENTHOL, P.; PEASON, P. D. (Eds.). Handbook of reading research. New York: Longman, 1991. p. 727 - 757.
SULZBY, E.; TEALE, W. H.; KAMBERELIS, G. Emergent writing in the classroom: home and school connections. In: STRICKLAND, D.; MORROW, L. (Eds.). Emerging literacy: young children learn to read and write. Newark, D. E: International Reading Association, 1989. p. 63 - 79.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes. 1991.
WHITEHURST, G. J.; FALCO, F. L.; LONIGAN, C. J.; FISCHEL, J. E.; DEBARYSHE, B. D.; VALDEZ MENCHADA, M. C.; CAULFIELD, M. Accelerating language development through picture book reading. Developmental Pyschology, 24(4) 1988.
WHITEHURST, G. J.; LONIGAN, C. J. Child development and emergent literacy. Child development. 69(3), 1998.
ZANATA, Deisi Luiza.; VERARDI, Fabiene. O orfanato da SRTA. Peregrine para crianças peculiares. Um olhar para a formação de jovens leitores. In: CARVALHO, Diógenes Buenos Aires de; VERARDI, Fabiane; SÁ, Paula Fabrisia Fontinele de (Orgs.). Quando se lê a literatura infanto e juvenil, o que se lê? Como se lê? Rio de Janeiro: Bonecker, 2019.
ZEVENBERGEN, A. A.; Whitehurst, G. J.; Zevenbergen, J. A. Effects of sharedreading intervention on the inclusion of evaluative devices in narratives of children from low-income families. Journal of Applied Developmental Psychology, 2003.
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 4 ed. São Paulo: Global, 1985.
ZILBERMAN, Regina. A leitura e o ensino da literatura. Curitiba: Intersaberes, 2012.
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil brasileira. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).
