CORREDORA CABOKÈTYKA

Palavras-chave: Caboka. Trabalhar em Processos. LGBT . Performance. Corpo-amazônia.

Resumo

O presente relato de experiência, escrito por várias mãos, é o resultado de um processo de convivências socioculturais e artísticas que têm refletido e debatido uma identidade caboka amazônida. Tendo como lugar de referência a cidade de Bragança-PA, Amazônia Atlântica, foi o trabalho com diferentes linguagens artísticas, especialmente a performance, que ganhou destaque. Imersos no contexto pandêmico da covid-19, nos mobilizamos coletivamente para pensar o projeto Corredora Cabokètyka. Contemplada pela Lei Aldir Blanc Pará, a proposta ganhou corpos e vida nas quais diferentes sujeitos amazônidas que se identificam como cabokas, puderam expressar e construir colaborativamente o processo que teve como principal objetivo debater essa subjetividade amazônida no âmbito das dissidências de gênero/sexualidades, especialmente as cabokas travestis.

Biografia do Autor

Pedro Olaia, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Mestre em Linguagens e Saberes na Amazônia (UFPA). Engenheiro eletricista. Professor de Matemática da rede estadual de ensino do Pará (SEDUC-PA).  Performer, ator e articulador cultural. 

José Sena, Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)

Doutor em Linguística Aplicada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em Linguagens e Saberes na Amazônia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Pesquisador no Programa de Pós-graduação em Diversidade Sociocultural (Antropologia) do Museu Paraense Emílio Goeldi (PPGDS/MPEG). 

Marília Frade, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Pedagoga pela Universidade do Estado do Pará. Mestra em Educação em Ciências e Matemáticas pelo Instituto de Educação Matemática e Científica (UFPA). Especialista em Educação na Secretaria de Estado de Educação do Pará. Professora substituta no Instituto de Estudos Costeiros (UFPA-Bragança). Performer, atriz e articuladora cultural. 

Paulo Cézar Jr, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Ator, performer, diretor e produtor cultural. Mestre em Artes pela UFPA. Licenciado em Teatro pela UFPA. Técnico em Teatro pela UFPA.  Integrante do Grupo de Pesquisa Perau – Memória, História e Artes Cênicas na Amazônia (CNPq/UFPA) e Correnteza Produções e Zecas Coletivo de Teatro. 

Xan Marçall, Escolinha Maria Felipa (Salvador/BA)

Kaaboka amazonida. Artista multilinguagem. Licenciada em Teatro pela UFBA. Professora de Teatro. Arte-educadora. Ilustradora. Escritora. Performer. Ativista nas lutas Trans e HIV/AIDS. 

Mariah Ferreira, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA)

Atriz. Performer.Mulher trans bragantina. Estudante de Gestão Ambiental pela Instituto Federal do Pará (IFPA/Bragança). 

Sandreson Marcelo, Prefeitura Municipal de Bragança/PA

Mestre em Linguagens e Saberes na Amazônia pela UFPA. Pós-graduado em Produção Audiovisual e Cinema Digital pela IESAM-Estácio. Especialista em Tradução pela UFPA. Pesquisador vinculado ao grupo de pesquisa VISAGEM. Roteirista associado a ABRA. Diretor de Fotografia e Roteirista na Sapucaia Filmes. 

Referências

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Publicado
2022-02-14
Seção
Relatos de Experiência