PROBLEMATIZAR SEXUALIDADES DISSIDENTES NA ESCOLA? O QUE DIZEM MULHERES LÉSBICAS, BISSEXUAIS E PANSEXUAIS

Resumen

Este artigo apresenta resultados de pesquisa dialógica com mulheres lésbicas, bissexuais e pansexuais, cujo objetivo foi refletir sobre a possibilidade da escola assumir a função social de problematizar gênero e sexualidades, frente aos retrocessos no campo educativo brasileiro. Dentre os quais, destaca-se o conservadorismo refletido nas ações e projetos de lei do controverso movimento Escola Sem Partido que, sob o pretexto de defender a família e a “neutralidade” da ciência e da educação, visa reiterar mecanismos de estratificação sexual e coibir qualquer iniciativa de problematização da heteronormatividade, na escola, por meio da vigilância e criminalização docente. Na contramão dessas prerrogativas retrógradas, defendemos a criação de rodas de conversa como espaços de escuta sensível de saberes e experiências de sujeitos sexuais dissidentes, a fim de visibilizar seus conhecimentos e leituras de mundo com intenção de tecer, coletivamente, uma educação sexual transgressora comprometida com a emancipação social e a superação do heteroterrorismo.

Biografía del autor/a

Fabiana Rodrigues de Sousa, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Pós-Doutorado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Doutora em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Pesquisadora do Grupo Práticas Sociais e Processos Educativos (UFSCar). 

Denise Alves Duarte, Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL)

Mestre em Educação pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) . Graduada em Pedagogia pela Universidade São Marcos e em Letras pela Universidade Metropolitana de Santos.  Professora da Educação Infantil, Educação Básica e Educação de Jovens e Adultos. Membro do Conselho Municipal de Educação do Município de São Bernardo do Campo/SP.

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Publicado
2022-02-14