O ESPAÇO CONVERSACIONAL COMO PROMOTOR DA SAÚDE DENTRO DAS ESCOLAS PÚBLICAS

Luciano Aparecido Pereira Junior; Laura Raíssa  Roberto; Thais Silva Cintra

Luciano Aparecido Pereira Junior Universidade de Franca (UNIFRAN) https://orcid.org/0000-0002-0310-1865
Laura Raíssa Roberto Centro de Atenção Psicossocial (CAPS-AD) https://orcid.org/0000-0003-1853-3561
Thais Silva Cintra Universidade Federal de Franca (UNIFRAN) https://orcid.org/0000-0001-8940-7672

Resumen

Dentro do cenário brasileiro é preciso observar as transformações na relação professor e escola, a fim de permitir condições favoráveis de saúde neste contexto. Como objetivo principal buscou-se compreender com cinco professores da rede pública, como identificavam a possibilidade de se promover saúde ou não em seu ambiente de trabalho. A metodologia foi embasada pela pesquisa qualitativa e pelo referencial teórico-metodológico do Construcionismo Social, sendo os dados coletados em dois grupos de discussão. A análise se deu a partir das transcrições, onde foram construídas categorias relacionadas à promoção da saúde. Assim, o processo de construção de dados possibilitou compreender a importância do espaço conversacional como recurso para se promover saúde. A troca de experiências e vivências durante os grupos de discussão favoreceram aos professores a ampliação de possibilidades de como atuar no ambiente escolar de forma mais saudável.

Biografía del autor/a

Luciano Aparecido Pereira Junior, Universidade de Franca (UNIFRAN)

Psicólogo. Doutorando em Promoção de Saúde pela Universidade de Franca (UNIFRAN). Mestre em Promoção de Saúde pela Universidade de Franca (UNIFRAN). Especialista em Psicologia Jurídica e Avaliação Psicológica pela Faculdade Metropolitana do Vale do Aço (IBRA). Especialista em Psicanálise pela Faculdade Metropolitana do Vele do Aço (IBRA).

Laura Raíssa Roberto, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS-AD)

Psicóloga. Especialista em Saúde Mental, com Ênfase em Dependência Química, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS-AD).

Thais Silva Cintra, Universidade Federal de Franca (UNIFRAN)

Psicóloga. Mestra em Psicologia pela Universidade de São Paulo (2013). Atualmente é docente e supervisora de estágio no curso de Psicologia da Unifran.

Citas

BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica: Saúde na Escola. Ministério da Saúde, 2009.

CINTRA, T. S. Sentidos construídos com profissionais de saúde da família sobre trabalho em equipe. FFCLRP/USP, 2013. Disponibilidade em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-26112013-091429/pt-br.php. Acesso em: 05 set. 2020.

CONTINI, M. de L. J. Discutindo o conceito de promoção de saúde no trabalho do psicólogo que atua na educação. Psicologia, Ciência e Profissão, v. 20, n. 2, p. 46-59, 2000. Disponibilidade em: https://doi.org/10.1590/S1414-98932000000200008. Acesso em: 05 set. 2020.

CZERESNIA, D.; FREITAS, C. M. Promoção da Saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2003.

DIEHL, L.; CARLOTTO, M. S. Conhecimento de professores sobre a Síndrome de Burnout: processo, fatores de risco e consequências. Revista Psicologia em Estudo, v. 19, n. 4, p. 741-752, 2014. Disponibilidade em: https://doi.org/10.1590/1413-73722455415. Acesso em: 07 set. 2020.

DONATO, S. P.; ENS, R. T. Representações sociais do ser professor no contexto atual – desafios, incertezas e possibilidades. EDUCERE, p. 6862-6876, 2009. Disponibilidade em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/23054_11847.pdf. Acesso em: 06 set. 2020.

GALINDO, W. C. M. A construção da identidade profissional docente. Psicologia, Ciência e Profissão, v. 24, n. 2, p. 14-23, 2004. Disponibilidade em: https://www.scielo.br/pdf/pcp/v24n2/v24n2a03.pdf. Acesso em: 07 set. 2020.

GERHARDT, T. E.; SILVEIRA, D. T. Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFGRS, 2009.

GOMES, P. M. S.; FERREIRA, C. P. P.; PEREIRA, A. L.; BATISTA, P. M. F. A identidade profissional do professor: um estudo de revisão sistemática. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 27, n. 2, p. 247-267, 2013. Disponibilidade em: http://dx.doi.org/10.1590/S1807-55092013000200009. Acesso em: 05 set. 2020.

GROUP, The WHOQOL. The World Health Organization quality of life assessment (WHOQOL): position paper from the World Health Organization. Soc Sci Med, v. 41, n. 10, p. 1403-1409, 1995. Disponibilidade em: https://doi.org/10.1016/0277-9536(95)00112-K. Acesso em: 07 set. 2020.

HAGEMEYER, R. C. de C. Dilemas e desafios da função docente na sociedade atual: os sentidos da mudança. Educar, v. 24, p. 67-85, 2004. Disponibilidade em: https://doi.org/10.1590/0104-4060.350. Acesso em: 07 de set. 2020.

JACÓ-VILELA, A. M.; SATO, L. Diálogos em psicologia social. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2012.

MÉLLO, R. P.; SILVA, A. A.; Lima, M. L. C.; Paolo, A. F. Construcionismo, práticas discursivas e possibilidades de pesquisa em psicologia social. Psicologia & Sociedade, v. 19, n. 3, p. 26-32, 2007. Disponibilidade em: https://doi.org/10.1590/S0102-71822007000300005. Acesso em: 05 set. 2020.

PSICOLOGIA, Conselho Federal de. Resolução CFP Nº 016/2000: dispõe sobre a realização de pesquisa em Psicologia com seres humanos. CFP, 2000.

PSICOLOGIA, Conselho Federal de. (2003). Resolução CFP Nº 007/2003: institui o manual de elaboração de documentos escritos produzidos pelo psicólogo. CFP.

PSICOLOGIA, Conselho Federal de. Resolução CFP Nº 023/2007: dispõe sobre o novo Código de Ética do Psicólogo. CFP, 2007.

RASERA, E. F.; JAPUR, M. Os sentidos da construção social: o convite construcionista para a psicologia. Paidéia, v. 15, n. 30, p. 21-29, 2005. Disponibilidade em: https://doi.org/10.1590/S0103-863X2005000100005. Acesso em 05 set. 2020.

RASERA, E. F.; JAPUR, M. Contribuições do pensamento construcionista para o estudo da prática grupal. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 14, n. 1, p. 201-209, 2001. Disponibilidade em: https://doi.org/10.1590/S0102-79722001000100017. Acesso em 07 de set. 2020.

ROCHA, V. M. da; FERNANDES, M. H. Qualidade de vida dos professores do ensino fundamental: uma perspectiva para a promoção de saúde do trabalhador. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 57, n. 1, p. 23-27, 2008. Disponibilidade em: http://dx.doi.org/10.1590/S0047-20852008000100005. Acesso em: 06 set. 2020.

SAÚDE Conselho Nacional de. Resolução Nº 466, de 12 de dezembro de 2012. CNS, (2012). Disponibilidade em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf. Acesso em: 07 set. 2020.

SAÚDE, Primeira Conferência Internacional sobre Promoção de. Carta de Ottawa. 1986. Disponibilidade em: http://cmdss2011.org/site/wp-content/uploads/2011/07/Ottawa.pdf. Acesso em: 07 set. 2020.

SAÚDE, Secretaria de Políticas de. A promoção de saúde no contexto escolar. Revista de Saúde Pública, v. 36, n. 2, p. 533-535, 2002. Disponibilidade em: https://www.scielo.br/pdf/rsp/v36n4/11775.pdf. Acesso em: 06 set. 2020.

SOUZA, A. N. de; LEITE, M. de P. Condições de trabalho e suas repercussões na saúde dos professores da educação básica no Brasil. Educação & Sociedade, v. 32, n. 117, p. 1105-1121, 2011. Disponibilidade em: https://doi.org/10.1590/S0101-73302011000400012. Acesso em: 06 set. 2020.

TARDIF, M.; LESSARD, C. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

VIEIRA, R. F. Comunicação Organizacional: Gestão de Relações Públicas. Rio de Janeiro: Mauad, 2004.

WELLER, W. Grupos de discussão na pesquisa com adolescentes e jovens: aportes teórico-metodológicos e análise de uma experiência com o método. Educação e Pesquisa, v. 32, n. 2, p. 241-260, 2006. Disponibilidade em: https://doi.org/10.1590/S1517-97022006000200003. Acesso em: 07 set. 2020.