“A CURA NÃO EXISTE”: DEPRESSÃO, MELANCOLIA E SUICÍDIO NO ROMANCE O PESO DO PÁSSARO MORTO, DE ALINE BEI
Resumen
Este estudo visa analisar e (re)interpretar o romance O peso do pássaro morto (2017), escrito por Aline Bei, tendo como objetivo explorar alguns subtemas que não têm sido o foco das análises mais atuais, tais como a depressão, a melancolia e o suicídio. No romance em questão, tem-se como ideia central os acontecimentos vividos por uma mulher inominável e ordinária, começando aos 8 anos de idade e indo até aos 52, na qual é possível evidenciar as consequências da desvitalização na vida de uma mulher. Na narrativa de caráter cotidiano e simplista, é possível observar a presença de acontecimentos traumáticos que vão direcionando a própria vida da protagonista e abrindo espaço para a leitura aqui proposta. Para a realização da presente análise, buscamos respaldo teórico em estudos advindos da Psicanálise e dos Estudos Culturais, focando em autores como Bourdieu (2015), Freud (2013), Kristeva (1989), Solomon (2018), Peres (2010), dentre outros
Citas
BEI, Aline. O peso do pássaro morto. São Paulo: Editora Nós, Edith, 2017.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Trad. Maria Helena Kühner. 13. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2015.
SCHOLLHAMMER, Karl Erik. Ficção brasileira contemporânea. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
FREUD, Sigmund. Luto e melancolia. Trad. Marilene Carone. 1. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Trad. Enio Paulo Giachini. Petrópolis: Vozes, 2015.
KRISTEVA, Julia. O sol negro: depressão e melancolia. 2. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1989.
PERES, Urania Tourinho. Depressão e melancolia. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.
SOLOMON, Andrew. O demônio do meio-dia: uma anatomia da depressão. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).