O COMPROMISSO SOCIAL DA PSICOLOGIA NO BRASIL: RECONSTRUÇÃO DE SABERES E A INTERLOCUÇÃO COM POLÍTICAS PÚBLICAS

Palavras-chave: Psicologia Social e Comunitária. Decolonialidade. Serviço Social.

Resumo

Este artigo objetiva discutir o compromisso social da Psicologia na realidade brasileira, a fim de refletir como se dá a inserção dessa ciência e profissão em áreas de atuação historicamente não hegemônicas. Para isso, foi realizado uma pesquisa bibliográfica em artigos de revistas e periódicos – contidos em portais de pesquisa como SciELO, PePSIC e BVS-Psi Brasil – bem como em livros que agregam sobre o tema. Assim, problematiza-se de que forma a Psicologia vem construindo práticas embasadas social e politicamente junto a populações marginalizadas, que durante muito tempo não foram prioridade de intervenção. Argumenta-se na defesa de como as políticas públicas são um campo fértil para a inserção de psicólogas e psicólogos que almejam exercer a profissão de forma implicada socialmente, com integração dos saberes populares e com compromisso com a desalienação popular. Na prática, alguns entraves têm contribuído para a lentidão dessas mudanças.

Biografia do Autor

Camila Daltro Ferreira, Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Mestranda em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Graduada em Psicologia na Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

 

Edleusa Nery Garrido, Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2012). Mestra em Saúde Comunitária pela Universidade Federal da Bahia, Instituto de Saúde Coletiva (2004). Graduada em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia (1997). Professora adjunta da Universidade do Estado da Bahia. Líder do Percursos - Grupo de Pesquisa Processos Psicossociais, Contextos Educativos e Políticas Públicas.

 

 

Referências

ALVES, Cândida Beatriz; DELMONDEZ, Polianne. Contribuições do pensamento decolonial à Psicologia Política. Psicologia Política, v. 15, n. 34, p. 647-661, 2015. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpp/v15n34/v15n34a12.pdf>. Acesso em: 18 out. 2018.

BRASIL; Ministério da Educação. Resolução nº 5, de 15 de março de 2011. 2011. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=7692-rces005-11-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 03 jun. 2019.

CENTRO DE REFERÊNCIA TÉCNICA EM PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS; CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Referências técnicas para atuação do/a psicólogo/a no CRAS/SUAS. Brasília. 2008. 60 p.

COIMBRA, Cecília Maria; NASCIMENTO, Maria Livia do. O efeito Foucault: Desnaturalizando verdades, superando dicotomias. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 17, n. 3, p. 245 -248. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ptp/v17n3/8814.pdf>. Acesso em: 30 nov. 2018.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Código de Ética Profissional do Psicólogo. Brasília. 2005. Disponível em: <https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia.pdf>. Acesso em: 06 set. 2018.

CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL; CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Parâmetros para atuação de assistentes sociais e psicólogos(as) na Política de Assistência Social. Brasília. 2007. 52 p.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA. 2008. 194 p.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e terra. 1982. p. 143 – 218.

FURTADO, Odair. Psicologia e compromisso social – Base epistemológica de uma Psicologia Crítica. Rev. Psicol. Soc. Instit., v. 2, n. 2, p. 217 - 229. 2000. Disponível em: <http://www.uel.br/ccb/psicologia/revista/artigo%205.pdf>. Acesso em: 03 jun. 2019.

GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. Porto Alegre: L&PM. 2011. 400 p.

LANE, Silvia T. Maurer. O que é Psicologia Social. São Paulo: Brasiliense. 2006. 88 p.

MARTÍN-BARÓ, Ignacio. Crítica e libertação na psicologia. Petrópolis: Vozes. 2017. 334 p.

REIS, Carolina dos; GUARESCHI, Neuza Maria de Fátima. Encontros e desencontros entre Psicologia e política: Formando, deformando e transformando profissionais de saúde. Psicologia Ciência e Profissão, n. 30, p. 854 – 867, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pcp/v30n4/v30n4a14.pdf>. Acesso em: 28 out. 2018.

RIBEIRO, Cynara; JUNIOR, Nadir. Comunidade e o campo da política: Uma reflexão a partir da psicanálise. Fractal: Revista de Psicologia, v. 23, n. 3, p. 579 - 594, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/fractal/v23n3/v23n3a09.pdf>. Acesso em: 18 out. 2019.

SCARPARO, Helena; TORRES, Samantha; ECKER, Daniel. Psicologia e ditadura civil-militar: reflexões sobre práticas psicológicas frente às violências de Estado. Revista EPOS, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1, p. 57-78, 2014. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epos/v5n1/04.pdf>. Acesso em: 29 set. 2018.

Publicado
2021-12-16
Seção
Artigos