POSTAGENS DIGITAIS DA AMAZÔNIA OCIDENTAL: MOVIMENTOS PRÓ-EDUCAÇÃO NAS REDES SOCIAIS DO FACEBOOK

Palavras-chave: Postagens Escolares. Facebook. História da Educação.

Resumo

Trazer para o debate as postagens dos usuários da internet, mais especificamente nas páginas das escolas rondonienses no Facebook, constitui-se uma possibilidade. Refletidas neste artigo como movimentos pró-Educação, numa tentativa de diálogo com a pesquisa de Pós-doutorado apresentada no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade estadual do Rio de Janeiro, este trabalho procura problematizar os posts dos territórios da web, considerados fontes para a historiografia da Educação rondoniense; os depoimentos mantêm acesas as chamas de participação ativa e democrática junto à vida escolar. Cabe à tela, a capacidade de conceder um brilho à vida recriada no espaço midiático, no qual os sujeitos manejam as linguagens, com vistas à produção de sentidos. Os cliques tornam visíveis as memórias escolares, demandando novas interpretações. Chartier (2009) e Sibilia (2008) ajudam a refletir que as postagens representam valores culturais, práticas sociais para o reconhecimento e representação das histórias da Educação da Amazônia.  

Biografia do Autor

Robson Fonseca Simões, UNIR/UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

Pós-Doutorado em Educação (2019) pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (ProPEd/UERJ) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Professor Adjunto do Núcleo de Ciências Humanas, no Departamento de Ciências da Educação da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), campus Porto Velho. Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar, Mestrado e Doutorado Profissional (PPGEE/UNIR).

Referências

ARRINGTON, M. 85% of college students use Facebook. TechCrunch, Fevereiro, 4, 2005. Disponível em: http://www.techcrunch.com/2005/09/07/85-of-college-students-use-facebook. Acesso em: 17mar2020.

BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. 12 ª ed. São Paulo: Hucitec, 2006.

BLOCH, M.L.B. Apologia da História: ou o ofício do historiador. 1ª ed. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editora, 2002.

CAMPOS, R. Imagem e tecnologias visuais em pesquisa social: tendências e desafios. In: MARTINS, R; TOURINHO, I. (Orgs) Processos e práticas de pesquisa em cultura visual e Educação. Santa Maria: editora da UFSM, 2013, p. 21-48.

CERTEAU, M. A escrita da história. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982.

CIAVATTA, M. O mundo do trabalho em imagens: a fotografia como fonte histórica (Rio de Janeiro, 1900-1930). 1ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

CHARTIER, R. Formas e sentido. Cultura escrita: entre distinção e apropriação. 2ª ed. São Paulo: Mercado de Letras, 2009.

CHERVEL, A. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria & Educação, n. 2, 1990, p. 177-229.

FIORIN, J.L. Elementos de análise do discurso. 15 ª ed. São Paulo: Contexto, 2013.

FREITAS, M. T. A. A escrita na internet: nova forma de mediação e desenvolvimento cognitivo? In: FREITAS, Maria Teresa de Assunção; COSTA, Sérgio Roberto. (Orgs). Leitura e escrita de adolescentes na internet e na escola. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. p. 29-36.

GOMES, P. A. A educação escolar no Território Federal de Guaporé (1943-1956). 2007. 148 f. (Mestrado em História da Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2007.

HALBWACHS, M. A memória coletiva. 2ª ed. São Paulo: Centauro, 2013.

HERNÁNDEZ DÍAZ, J. M. Etnografia e historia material de la escuela. In: ESCOLANO BENITO, A.; HERNÁNDEZ DÍAZ, J. M.(coords). La memória y el deseo: cultura de la escuela y educacion deseada. Valencia. Tirant lo Blanch. 2002. pp. 225-246

JELIN, E. La Lucha por el pasado: cómo construimos la memoria social. 2ª ed. Buenos Aires: Siglo XXI Editores, 2017.

KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. 1ª ed. São Paulo: Contexto, 2009.

LIMA, A. M. Achegas para História da Educação no estado de Rondônia. 1ª ed. Porto Velho: SEDUC, 1993.

MCMILLAN, S. J. & MORRISON, M. Coming of age with the Internet: a qualitative exploration of how the Internet as become an integral part of young people ́s lives. New media Society, 8, 2008, p.73-95.

MARTINS, R. Notas sobre autobiografia, narrativas/imagens digitais e artes. MIGNOT, A. C.; MORAES, D. Z.; MARTINS, R.(Orgs.). Atos de biografar: narrativas digitais, história, literatura e artes. Curitiba: ed. CRV, 2018, p. 51-62.

NICOLACI-DA-COSTA, A.M. (org). Cabeças Digitais: o cotidiano na era da informação. 1ª ed. Rio de Janeiro: Ed.PucRio, 2006.

NORA, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Revista Projeto História São Paulo: PUC. n. 10, pp. 07-28, dez. 1993.

OLSON, D. R. A escrita e a mente. In: WERTSCH, J. Estudos socioculturais da mente. Porto Alegre: Artes médicas, 1997. pp. 89-111.

PINTO, E. P. Rondônia, evolução histórica: criação do Território Federal do Guaporé, fator de integração nacional. 1ª ed. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1993.

RODRÍGUEZ DE LA FLOR, F.; ESCANDELL MONTIEL, D. El gabinete de Fausto: teatros de la escritura y la lectura a um lado y otro de la frontera digital. 1 ª ed. CSIC: Madrid, 2014.

SIBILIA, P. O show do eu: a intimidade como espetáculo. 1 ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

SIMÕES, R. F. Memórias digitais: histórias escolares nas comunidades do Orkut. 1 ª ed. Appris: Curitiba, 2018.

THOMSON, A. Recompondo a memória: questões sobre a relação entre história oral e as memórias. Revista Projeto História – Ética e História Oral. Programa de Estudos Pós-graduados em História. São Paulo: EDUC, 1997, pp. 5184.

Publicado
2020-09-14
Seção
Artigos