ANTROPONÍMIA EM LÍNGUA DE SINAIS: OS SINAIS-NOME EM FLORIANÓPOLIS-SC, BRASIL

Palavras-chave: Sinais-nome. Motivação. Taxonomias. Inventário de Libras. Florianópolis.

Resumo

Este artigo tem por objetivo precípuo analisar os sinais-nome de surdos da Grande Florianópolis/SC quanto às taxonomias motivacionais propostas por Barros (2018) com relação a taxes, subtaxes e infrataxes para a análise dos sinais-nomes. Partimos da seguinte questão: Em Libras, quais os elementos motivacionais mais utilizados no ato de nomear pessoas e de que modo isso reflete as características da cultura surda? Para responder tal questionamento, utilizamos 34 entrevistas com surdos disponíveis no Inventário de Libras de Santa Catarina, Grande Florianópolis, do Projeto Corpus/Libras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Este artigo é composto por quatro sessões: a primeira trata sobre o ato de nomear em línguas orais e em línguas de sinais; a segunda definiu as taxonomias em línguas de sinais, a partir das propostas de Supalla (1992), Wild (2017) e Barros (2018); a terceira apresentou a descrição do Inventário de Libras da Grande Florianópolis; e a última sessão fez uma análise dos dados coletados. Tal análise revelou a predominância das motivações de Natureza Física na nomeação dos nomes dos surdos.

Biografia do Autor

Alexandre Melo de Sousa, Universidade Federal do Acre

Doutor em Linguística pela Universidade Federal do Ceará.  Pós-doutorado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professor de Linguística e Língua Portuguesa na Universidade Federal do Acre. 

Gláucia Caroline Silva de Oliveira, Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas, especialização em Docência no Ensino Superior, Mestrado em Biologia de Ecossistemas Costeiros e Estuarinos e Doutorado em Recursos Biológicos da Zona Costeira Amazônica (2012). É professora Adjunta IV da Universidade Federal do Pará, Instituto de Estudos Costeiros, Campus universitário de Bragança. Pós-doutorado pela Universidade Federal de Santa Catarina.

José Sinésio Torres Gonçalves Filho, Universidade Federal Rural do Amazonas

Mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas pela Universidade Federal do Pará (2018). Possui graduação em Matemática pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (2008) e graduação em Letras - Libras pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010). Atualmente é docente de libras da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA. Desenvolve Doutorado em Linguística na Universidade Federal de Santa Catarina. 

Ronice Muller de Quadros, Universidade Federal de Santa Catarina

Ronice Müller de Quadros é professora e pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina desde 2002 e pesquisadora do CNPQ - PQ1C, com pesquisas relacionadas ao estudo das línguas de sinais, desde 2006. Pedagoga (1992), Mestre (1995) e Doutora (1999) em Linguística pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, com estágio por 18 meses na University of Connecticut (1997-1998) com pesquisas voltadas para a gramática da Libras e a aquisição da Libras. Pós-doutora pela Gallaudet University e University of Connecticut (2009-2010) com pesquisas relacionadas ao desenvolvimento bilíngue bimodal (crianças usuárias de Libras e Português e crianças usuárias de ASL e Inglês), com financiamento da NIH e do CNPQ (2009-2014) e pós-doutora na Harvard University com pesquisas com as línguas de bilíngues bimodais (Libras e Português e ASL e Inglês), com financiamento do CNPQ (2015-2016).

Referências

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Publicado
2021-02-10