REPRESENTAÇÕES DE ALUNOS E PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA SOBRE A APRENDIZAGEM E O ENSINO DO LÉXICO: PERSPECTIVAS TEÓRICO-METODOLÓGICAS
Abstract
Embora constituam relevante dimensão do ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa (LP), os estudos lexicais são usualmente negligenciados por docentes e discentes da Educação básica. A cobrança pela ortografia contrapõe-se à insuficiente exploração de atividades (Neves, 1990) para esse fim e ao escasso uso de recursos pedagógicos, como os dicionários (em seus variados tipos e modalidades) e jogos. Esta pesquisa, exploratória e empírica, evidenciou diferentes crenças e representações (cf. a Teoria das Representações Sociais, Moscovici 2003) que pervadem a ambiência escolar sobre os dicionários e outros recursos pedagógicos (gramáticas, livros didáticos, etc.). A partir dos questionários aplicados a alunos (36) de ensino fundamental (E.F) e médio (E.M) e a docentes (9) de escolas mineiras, identificou-se um descompasso entre interesses desses sujeitos da ação docente, com prejuízos ao ensino linguístico: os primeiros preferem materiais on-line e lúdicos, já os segundos adotam abordagem mais tradicional – prevalência de atividades de sinonímia/antonímia e opção por materiais analógicos.
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