O TEATRO DO OPRIMIDO COMO ESTRATÉGIA NO COMBATE À VIOLÊNCIA DE GÊNERO NA ESCOLA
Abstract
Este trabalho, de análise bibliográfica e de proposição didática, pretende investigar em que medida o uso de jogos teatrais na escola podem contribuir para o combate à violência de gênero nas escolas de ensino médio. Para tanto, adotamos como perspectiva teórica o Teatro Político de Augusto Boal, através do qual propomos uma sequência didática para as disciplinas de Arte e de Literatura com foco no combate à discriminação sexual e violência de gênero. Como aporte teórico, destacam-se as contribuições Boal (2005a/2005b/2009), Bourdieu (2003/2012), Foucault (1988), Louro (2007), Vieira (2020), Barrilo (2010), Videres e Brito (2008), dentre outros. Os resultados apontam para o Teatro Político, mais especificamente, o Teatro do Oprimido formulado por Augusto Boal como uma alternativa no combate à violência de gênero na escola, possibilitando a construção de um olhar atravessado pelo lugar social do outro, de suas dores e lidas.
References
_______. Jogos para atores e não-atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005a.
_______. Teatro do Oprimido e outras poéticas políticas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
BOURDIEU, Pierre. Sur l’État. Cours au Collège de France (1989-1992). Paris: Raisons
d’Agir/Seuil, 2012.
_______. A dominação masculina. Tradução Maria Helena Kühner. Rio deJaneiro: Bertrand Brasil, 2003.
BORRILLO, Daniel. Homofobia: história e crítica de um preconceito [tradução de Guilherme João de Freitas Teixeira]. - Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010. - (Ensaio Geral, 1).
BRITZMAN, Deborah P. O que é essa coisa chamada amor: identidade homossexual, educação e currículo. Educação e Realidade. Porto Alegre, v. 21, p. 71-96, jan./jun. 1996.
FOUCAULT, Michel. A Historia da Sexualidade I: A Vontade de Saber. Rio de Janeiro:
Edições Graal, 1988.
_______. Microfísica do Poder. São Paulo: Graal, 1972.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
CTO RIO. Estética do Oprimido. Disponível em:
LIVRARIA CULTURA. Sinopse: Teatro do Oprimido e Outros Babados. Disponível em
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: das afinidades políticas às tensões teórico-metodológicas. Educação em Revista. Belo Horizonte. n. 46. p. 201-218. dez. 2007
MEYER. Dagmar E. Estermann. Corpo, Violência e Educação: uma abordagem de gênero. In: Rogério Diniz Junqueira Brasília (Orgs.). Diversidade Sexual na Educação: Problematizações Sobre a Homofobia nas Escolas. Brasília, 2009.
MEYER. Dagmar E. Estermann. Corpo, Violência e Educação: uma abordagem de gênero. In: Rogério Diniz Junqueira Brasília (Orgs.). Diversidade Sexual na Educação: Problematizações Sobre A Homofobia Nas Escolas. Brasília 2009.
RATZINGER, J. A. As novas ideologias. In: O Sal da terra: o Cristianismo e a Igreja Católica no século XXI: um diálogo com Peter Seewald. Rio de Janeiro: Imago, 2005, p. 206.
SANCTUM , Flavio. “Estamos juntos nessa guerra dos sentidos! Mãos à Arte!”. Entrevista ao Jornal Online Inverta. Disponível:
VIDERES, Petronila Mesquita; BRITO, Maria das Graças. Sexualidade e adolescência: Mitos, Preconceitos e Violências. In: MATIAS, Ivanildo; ZENAIDE, Maria de Nazaré Tavares; GUIMARÃES, Váleria Maria Gomes (Orgs.). Gênero, diversidade sexual e educação: conceituação e práticas de direito e políticas. João Pessoa: Editora UFPB, 2008.
VIEIRA, Demóstenes Dantas. DO LUGAR SOCIAL AO LUGAR DISCURSIVO: Os Direitos Civis da Pessoa LGBTQI+, a ética e o atravessamento do discurso cristão no discurso político produzido pela Frente Parlamentar Evangélica – FPE. Tese de doutorado (Programa de Pós-Graduação em Letras – PPGL). Universidade Federal do Pernambuco – UFPE.
VIEIRA, Demóstenes Dantas; BRITO, Luan Talles de Araújo. Verdade e poder em Michel Foucault: um projeto genealógico. Trilhas Filosóficas – Revista Acadêmica de Filosofia, Caicó, v. 8, n. 2, p.73-82, jul-dez. 2015. ISSN 1984-5561.
Copyright Notice
The submission of originals to this periodic implies in transference, by the authors, of the printed and digital copyrights/publishing rights. The copyrights for the published papers belong to the author, and the periodical owns the rights on its first publication. The authors will only be able to use the same results in other publications by a clear indication of this periodical as the one of its original publication. Due to our open access policy, it is allowed the free use of papers in the educational, scientific and non-commercial application, since the source is quoted (please, check the Creative Commons License on the footer area of this page).