BRUMADINHO-MG APÓS O ROMPIMENTO DA BARRAGEM: UMA DISCUSSÃO À LUZ DOS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

  • Marcela Merides Carvalho Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/SP) https://orcid.org/0000-0002-1541-4308
  • Sofia Negri Braz Universidade de São Paulo (USP)
  • Luiz Henrique Vieira da Silva Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) https://orcid.org/0000-0002-7793-4923
  • Patrícia Peres Rodrigues Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/SP)
  • Paulo Henrique Giungi Galvão Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/SP)
  • Celso Fabrício Correia de Souza Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/SP)
  • Regina Márcia Longo Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/SP) https://orcid.org/0000-0002-2374-4649
Palavras-chave: Brumadinho/MG. Agenda 2030. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Mineração.

Resumo

O rompimento da barragem em Brumadinho-MG foi considerado a maior tragédia dessa natureza das últimas três décadas. Além da perda de mais de 270 pessoas, os impactos ambientais e socioambientais na cidade e municípios interligados pelo Rio Paraopeba foram catastróficas. Desta forma, este artigo objetivou-se evidenciar a real a situação do Município 3 anos após a tragédia, tomando como base a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável (ODS). A metodologia constitui no uso de uma pesquisa de abordagem qualitativa, de delineamento aplicado, exploratório, descritivo e de procedimento bibliográfico e documental. Os resultados demonstram que há uma profusão de situações atingidas pelo rompimento da barragem. Nesse cenário, a recuperação de Brumadinho-MG e toda região devastada constitui trabalho árduo que necessita da cooperação entre Poder Público de variados atores para que obtenha êxito, tendo a Agenda 2030 como ferramenta balizadora de políticas públicas, garantindo que todas as pautas sejam atendidas.

Biografia do Autor

Marcela Merides Carvalho, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/SP)

 Pós-doutoranda em Sustentabilidade Ambiental na Pontifícia Universidade Católica (PUC CAMPINAS). 

Sofia Negri Braz, Universidade de São Paulo (USP)

Doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (IAU/USP). 

Luiz Henrique Vieira da Silva, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Sociedade da Universidade Estadual de Campinas (NEPAM/Unicamp).

Patrícia Peres Rodrigues, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/SP)

Mestra em Sustentabilidade pela PUC Campinas. Especialista em Gestão Empresarial pela Universidade Metodista de são Paulo.  

Paulo Henrique Giungi Galvão, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/SP)

Mestre em Sustentabilidade Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas).

Celso Fabrício Correia de Souza, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/SP)

Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional (UNIDERP).  Mestre em Sustentabilidade (PUCC). 

Regina Márcia Longo, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/SP)

Pós-doutora em Ciências Agrárias pela University of California (Riverside) Estados Unidos. Professora e Doutora na PUC-Campinas.

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Publicado
2022-09-13