METODOLOGIAS ATIVAS E COMPLEXIDADE: UMA VISÃO INTERDISCIPLINAR SOBRE ENSINAR E APRENDER
Abstract
O uso das metodologias ativas pode se constituir uma alternativa ao ensino tradicional e pouco atrativo, no entanto, no ensino de direito são esparsas as experiências com esse modelo de aprendizagem. Neste contexto realizou-se pesquisa exploratória descritiva durante um semestre com alunos do oitavo período com a experiência prática da Aprendizagem Baseada em Problemas e por Projetos – ABPP. O estudo revelou que as principais dificuldades na adoção dessa prática foram a falta de engajamento dos alunos nos trabalhos de equipe e a falta de tempo para as ações de campo. A maioria dos alunos avaliou a metodologia de forma positiva (98,07%) sendo os fatores mais relevantes na opinião dos discentes que o método utilizado facilitou a aprendizagem individual e coletiva, os discentes tiveram contato com problemas sociais da comunidade e isso fortaleceu a empatia profissional. Finalmente, o conjunto dos fatores positivos foi numérica e qualitativamente superiores ao conjunto dos fatores negativos, o que permite aferir que a ABPP pode ser estrategicamente útil nos processos de ensino-aprendizagem, especialmente nos períodos pós pandêmicos.
References
ALVES, J. A. F. Conformação do fenômeno da população em situação de rua e a (des) proteção social no brasil. Revista Serviço Social em Perspectiva, v. 6, n. 01, p. 89-107, 2022.
ARAÚJO, U. F. A quarta revolução educacional: a mudança de tempos, espaços e relações na escola a partir do uso de tecnologias e da inclusão social. ETD – Educação Temática Digital, Campinas, v. 12, n. esp., p. 31-48, mar. 2011.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em: 10 jan. 2019.
BEZERRA, J. W. P.; CARVALHO, P. R.; LOPES, R. M. Aprendizagem Baseada no Trabalho: contribuições para a Educação Profissional na saúde. Educitec-Revista de Estudos e Pesquisas sobre Ensino Tecnológico, v. 8, n. 1, p. e190822-e190822. 2022.
BITTAR, E. C. B. Direito e ensino jurídico: legislação educacional. São Paulo: Atlas, 2001.
CICUTO, C. A.T.; MIRANDA, A. C.; CHAGAS, S. S. Uma abordagem centrada no aluno para ensinar Química: estimulando a participação ativa e autônoma dos alunos. Revista Ciência & Educação. v. 25, n. 4, p. 1035-1045, 2019.
COMPARATO, F. K. A afirmação histórica dos direitos humanos. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2010.
COTTA FILHO, C. K.; GIRÃO, M. F. B.; HIROMI, O.; CONTI, M. G. C.; PEREIRA JUNIOR, G. A.; MAZZO, A. Cultura, ensino e aprendizagem da empatia na educação médica: scoping review. Interface, v. 24, p. e180567, 2020.
CYRINO, E. G.; TORALLES-PEREIRA, M. L. Trabalhando com estratégias de ensino-aprendizado por descoberta na área da saúde: a problematização e a aprendizagem baseada em problemas. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 3, p. 780-788, 2004.
FIORINI, D. B.; DE ALMEIDA, I. C.; LAZARETTI, M. G. C.; DAL FORNO, L. F. Sala de aula invertida com aprendizagem baseada em problemas e orientação por meio de projeto, apoiada pela gestão do conhecimento. Acta Scientiarum. Education, v. 44, p. e53601-e53601, 2022.
GIL, A C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MADERS, A. M.; BRETTAS D. I. C. O ensino jurídico frente à complexidade: crises e desafios. Conhecimento & Diversidade, v. 9, n. 19, p. 109-119, 2018.
MASSON, N. Manual de direito constitucional. 6. ed. rev. Salvador: JusPODIVM, 2018.
MERCADO, L. P. L. Metodologias de ensino com tecnologias da informação e comunicação no ensino jurídico. Avaliação, v. 21, n. 1, p. 263-299, 2016.
MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Tradução de Eliane Lisboa. 4. ed. Porto Alegre: Sulina, 2011.
MORAES, M. C. O paradigma educacional emergente. 16. ed. Campinas: Papirus, 2012.
NOGUEIRA, A. P. M.; RIGHI, A.; NASCIMENTO, L.; ESCOVAR, N.; SCHENEIDER, T. A comunicação comunitária como agente mobilizador e transformador da sociedade. Iniciacom, v. 1, n. 2, p. 58-63, 2007.
RAMOS, A. C. Curso de direitos humanos. São Paulo: Saraiva, 2014.
SILVA, A. N.; SENNA, M. A. A.; TEIXEIRA, M. C. B.; LUCIETTO, D. A.; ANDRADE, I. M. O uso de metodologia ativa no campo das Ciências Sociais em Saúde: relato de experiência de produção audiovisual por estudantes. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, v. 24, p. 190-231, 2019.
SILVA, J. A. Curso de direito constitucional positivo. 37. ed. rev. e atual. São Paulo: Malheiros, 2014.
SANTOS, B. S. Reconhecer para libertar: os caminhos do cosmopolitanismo multicultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-aç
Copyright Notice
The submission of originals to this periodic implies in transference, by the authors, of the printed and digital copyrights/publishing rights. The copyrights for the published papers belong to the author, and the periodical owns the rights on its first publication. The authors will only be able to use the same results in other publications by a clear indication of this periodical as the one of its original publication. Due to our open access policy, it is allowed the free use of papers in the educational, scientific and non-commercial application, since the source is quoted (please, check the Creative Commons License on the footer area of this page).