OS REFLEXOS DA PANDEMIA NA EDUCAÇÃO: O OLHAR BAUMANIANO E SENNETTIANO SOBRE ESSES NOVOS TEMPOS

Palavras-chave: Modernidade Líquida. Cooperação Dialógica. Empatia.

Resumo

O presente artigo socializa a leitura dos reflexos da pandemia no ambiente da educação. Propõe-se a problematização das questões atuais dos processos educacionais com relação às vivências de distanciamento e suas conotações.  O estudo de cunho qualitativo e de caráter bibliográfico tem como principais referências Bauman (2001/2008a/2008b/2009/2013) e Sennett (2012a/2012b). Os conceitos baumanianos e sennettianos contribuem para tal, entendendo esse processo como construção do homem líquido-moderno aberto para a cooperação dialógica, constituindo-se em um ambiente empático. O fio condutor parte da percepção de que deixamos de viver a condição da sociedade moderna para vivenciarmos na Modernidade Líquida, a prática da fluidez, da liquidez e do consumo. Sendo assim, a perspectiva educacional, com base nesses conceitos, necessita de espaços em que reflita suas ações, para propor-se a novas constituições de saberes que alavanquem as aprendizagens, no contexto atual.

Biografia do Autor

Carlos Marcelo Cavalheiro Félix, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS)

Mestre em Educação pelo Programa de Pós-graduação Mestrado Profissional de Educação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). 

Referências

BAUMAN, Zygmunt. Desafios pedagógicos e modernidade líquida: entrevista de Alba Porcheddu sobre a educação. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 39, n. 137, p. 661-684, maio/ago. 2009.

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Publicado
2022-06-24