PROJETO DE CAPOEIRA E IDEALIZAÇÃO: POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES NO COTIDIANO ESCOLAR
Abstract
O presente trabalho tem como centralidade as aulas de Capoeira no Ensino Fundamental em uma escola pública da rede estadual. O objetivo do estudo foi investigar as possíveis contribuições da Capoeira junto à comunidade de Chacrinha, município de Valença-RJ. Metodologicamente optamos pelo Estudo do Cotidiano, pelo fato de mergulharmos nas práticas dos(as) estudantes que participaram do referido projeto. Utilizamos como instrumentos para produção de dados a roda de conversa e o diário de bordo, no intuito de apreender os registros, modos de agir, mudanças comportamentais, dentre outros. Os resultados revelaram que o Projeto Capoeira promoveu o resgate histórico, facilitou o acesso à cultura corporal de movimento aos participantes, fortaleceu as relações em grupo, contribuiu com a aquisição de valores e ampliou os espaços de sociabilidade da escola. Considerando ser esta, uma pesquisa de campo, o trabalho foi submetido ao Comitê de Ética e aprovado: CAAE 69443417.4.0000.5237.
References
ALMEIDA, F.Q; GOMES, M.G; BRACHT, V. Bauman & Educação. 2ª edição. Belo Horizonte: Autêntica, 2016. 126 p.
ALVES, N. Decifrando o pergaminho: o cotidiano das escolas nas lógicas das redes cotidianas. In: OLIVEIRA, I. B.; ALVES, N. (Orgs.). Pesquisa no/do cotidiano das escolas: sobre redes de saberes. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. p.13-38.
ANTONACCI, Maria Antonieta. Memórias ancoradas em corpos negros. 2 ed., 1ª reimpressão. São Paulo: Educ, 2016.
BAUMAN, Z. Modernidade Líquida. Trad. Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2001. 258 p.
BENJAMIN, Walter. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BERTAZZOLI, B. F.; ALVES, D. A.; AMARAL, S. C. F. Uma abordagem pedagógica para a capoeira. Movimento, v. 14, n. 2, p. 207-229, 2008.
CUSTÓDIO, G.; SELOW, M. L. C. Recursos pedagógicos para a motivação e participação de alunos do ensino médio nas aulas de educação física. Vitrine de Produção Acadêmica de Alunos da Faculdade Dom Bosco. v. 4, n. 1, p. 230-245, 2017.
DE CASTRO JR, L. V.; ABIB, P. R. J.; SANTANA-SOBRINHO, J. Capoeira e os diversos aprendizados no espaço escolar. Motrivivência, n. 14, p. 159-174, 2000.
DE MELO, F; BARREIRA, A; ROQUE, C. As fronteiras psicológicas entre violência, luta e brincadeira: as transições fenomenológicas na prática da capoeira. Movimento, v. 21, n. 1, P. 125-138, 2015.
DO AMARAL, M. G. T.; DOS SANTOS, V. S. Capoeira, herdeira da diáspora negra do Atlântico: de arte criminalizada a instrumento de educação e cidadania. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, n. 62, p. 54-73, 2015.
ELORZA, C. F.; ANICETO, P. A.; SIMÕES, R. M. A. A capoeira angola de Mestre João Pequeno de Pastinha nas aulas de Artes do ensino fundamental na EE Major Fraga (Tibiriçá-Bauru/SP). In: 8º Congresso de extensão universitária da UNESP, 2015. São Paulo. Anais do 8º Congresso de extensão universitária da UNESP. São Paulo: UNESP, 2015, p. 1-4.
FALCÃO, J. L. C. Para além das metodologias prescritivas na Educação Física: a possibilidade da capoeira como complexo temático no currículo de formação profissional. Pensar a Prática: revista da pós-graduação em Educação Física/Universidade Federal de Goiás, faculdade de Educação Física, v. 7, n. 2, p. 155-170, 2004.
FARINA, S. Pedagogia da mandinga: a capoeira como expressão de liberdade no currículo escolar e no mundo da rua. Revista Didática Sistêmica, v. 13, n. 2, p. 94-106, 2011.
FERNANDES, C. S. M.; SOUZA, J. S. Sociabilidades contemporâneas: o Pelourinho como enunciador de modos e modas. Ciências Sociais Unisinos, v. 1, n. 1, p. 168-177, 2010.
FERRAÇO, C.E. Eu, caçador de mim. In: GARCIA, R.L. (Org.). Método: pesquisa com o cotidiano. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
______. Pesquisa com o cotidiano. Educação e Sociedade. v..28, n. 98, 73-95, 2007.
GEERTZ, C. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989. 323 p.
GRAVINA, H. Quem vem lá sou eu: o corpo como território intercultural; a cena como espaço de assombração. Conceição| Conception, v. 4, n. 1, p. 5-21, 2015.
GOFFMAN, E. Representação do Eu na Vida Cotidiana. 10ª. Edição. Petrópolis: Vozes, 2002. 233 p.
NAJMANOVICH, Denise. O sujeito encarnado. Rio de janeiro: DP&A, 2001.
MAFFESOLI, M. Elogio da razão sensível. 4ª Edição. Petrópolis: Vozes, 1998. 207 p.
______. O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. Forense universitária, 2002.
______. Quem é Michel Maffesoli: entrevista com Christophe Bourseille. Petrópolis, De Petrus et Alii, 2011.
MAHEIRIE, K. Constituição do sujeito, subjetividade e identidade. Interações. v. 7, nº. 13, p. 31-44, 2002.
MEDEIROS, M.P.S. Capoeira: da Marginalização à Reafirmação Identitária. Trabalho de especialização do Curso de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.
MOURA, A. F; LIMA, M. G. A Reinvenção da Roda: Roda de Conversa: um instrumento metodológico possível. Revista Temas em Educação. v. 23, n. 1, p. 98-106, 2014.
PERKOV, P. L. Capoeira: possibilidade de educação emancipatória junto a jovens de classes populares. 2012. 135 p. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade do Vale do Rio dos Sinos. São Leopoldo, RS, 2012.
ROSSINI, V.F. O conceito de papel social em Goffman. São Paulo: USP, 2013.
OLIVEIRA, I. B.; SGARBI, Paulo. Estudos do cotidiano e educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
VALÉRIO, P. H. M; BARREIRA, C. R. A. A roda de capoeira: uma vivência comunitária. Memorandum, v. 30, p. 177-198, 2016.
WIELECOSSELES, L. M. A roda de capoeira na roda do conhecimento: uma prática educativa. 4º Colóquio Internacional de Educação e 1º Seminário de Estratégias e Ações Multidisciplinares, 2011. Anais do 4º Colóquio Internacional de Educação e 1º Seminário de Estratégias e Ações Multidisciplinares. UNOESC, 2011. Disponível em: https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/coloquiointernacional/article/view/1220. Acesso em: 29 jul. 2019.
Copyright Notice
The submission of originals to this periodic implies in transference, by the authors, of the printed and digital copyrights/publishing rights. The copyrights for the published papers belong to the author, and the periodical owns the rights on its first publication. The authors will only be able to use the same results in other publications by a clear indication of this periodical as the one of its original publication. Due to our open access policy, it is allowed the free use of papers in the educational, scientific and non-commercial application, since the source is quoted (please, check the Creative Commons License on the footer area of this page).