LENTE PARA MIRAR ESTRELAS: MULHERES E AFETIVIDADES NEGRAS
Abstract
Defendemos, neste artigo, que o feminismo negro é uma forma de olhar o mundo com forte potencial para trazer à discussão questões historicamente silenciadas e invisibilizadas. Falar de mulheres negras a partir da lente do feminismo negro aciona dimensões da existência negra e feminina que não podem ser separadas. Por isso, lançamos mão da interseccionalidades e de uma revisão bibliográfica focada em produções de feministas negras. Buscar entender como operam o racismo e o machismo contra mulheres negras é um exercício complexo e que pode trazer novas luzes aos estudos contemporâneos. Acionamos, assim, questões jurídicas, relacionais e de produção do conhecimento apostando que representatividade importa e novas escritas são urgentes.
References
AKOTIRENE, Carla. O que é Interseccionalidade? Coleção Feminismos Plurais. São Paulo: Letramento, 2018.
BAIRROS, Luiza. Nossos feminismos revisitados. Revista Estudos Feministas – Dossiê Mulheres Negras, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, p. 458-463, 1995.
CAVALLEIRO, Eliane. Racismo e antirracismo na educação: repensando nossa educação. São Paulo: Selo Negro, 2001.
CRENSHAW, Kimberle W. A interseccionalidade na discriminação de raça e gênero. Cruzamento: raça e gênero. Brasília: Unifem, 2004.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
DIAS, Luciene de Oliveira. Desatando nós e construindo laços: dialogicidade, comunicação e educação. In. VIDAL, Rose; MELO, José Marques & MORAIS, Osvando J. (orgs.). Teorias da Comunicação: Correntes de Pensamento e Metodologia de Ensino. São Paulo: Intercom, 2014, v. Único, p. 328-350.
GOMES, Nilma Lino. Movimento Negro e Educação: ressignificando e politizando a raça. In: Educação e Sociedade. v.33, n.120, jul-set. 2012, p. 727-744.
GONZALEZ, Lélia. O papel da mulher negra na sociedade brasileira: uma abordagem político-econômica. Los Angeles, 1979. Mimeografado.
HOOKS, bell. Ensinando a transgredir: A educação como prática da liberdade. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013.
HOOKS, bell. Vivendo de Amor. In.: WERNECK, Jurema; MENDONÇA, Maisa & WHITE, Evelyn C.O livro da saúde das mulheres negras: nossos passos vêm de longe. Rio de Janeiro:Pallas/Criola, 2000. p. 111-115.
IPEA. Atlas da Violência. Brasília: Rio de Janeiro: São Paulo: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2019.
PACHECO, Ana Cláudia Lemos. Mulher negra: afetividade e solidão. Salvador: EDUFBA, 2013.
RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro? São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Coleção Feminismos Plurais. Belo Horizonte: Letramento, 2017.
SANTOS, Gislene Aparecida dos. A invenção do ser negro: um percurso das ideias que naturalizaram a inferioridade dos negros. São Paulo: Educ/Fapesp; Rio de Janeiro: Pallas, 2002.
Copyright Notice
The submission of originals to this periodic implies in transference, by the authors, of the printed and digital copyrights/publishing rights. The copyrights for the published papers belong to the author, and the periodical owns the rights on its first publication. The authors will only be able to use the same results in other publications by a clear indication of this periodical as the one of its original publication. Due to our open access policy, it is allowed the free use of papers in the educational, scientific and non-commercial application, since the source is quoted (please, check the Creative Commons License on the footer area of this page).