RELAÇÕES INTERTEXTUAIS NO ROMANCE POR QUE SOU GORDA, MAMÃE?, DE CÍNTIA MOSCOVICH

  • João Pedro Rodrigues Santos Universidade Federal do Rio Grande
Palavras-chave: Relações de intertextualidade. Literatura contemporânea. Diálogo.

Resumo

Neste artigo realizamos um estudo sobre os processos de intertextualidade presentes no romance contemporâneo Por que sou gorda, mamãe?, de Cíntia Moscovich, publicado, pela primeira vez, em 2006. Primeiramente, retomamos alguns conceitos e perspectivas sobre intertextualidade. Depois, rastreamos alguns diálogos e algumas influências que identificamos na construção do romance em questão. Em nossa leitura, identificamos relações intertextuais no romance de Moscovich, sobretudo, com a obra de Franz Kafka. Evidenciamos, no desenrolar da pesquisa, que a literatura contemporânea se concretiza, essencialmente, através do diálogo. Cada obra literária é apenas a ponta de um iceberg. Mergulhando nas profundezas, encontramos muitos outros textos que servem de alicerce para cada obra.

Biografia do Autor

João Pedro Rodrigues Santos, Universidade Federal do Rio Grande

Graduado em Letras, com habilitação em Português e respectivas Literaturas, pela Universidade Federal do Pampa. Mestre em Letras, na área de Teoria da Literatura, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Sua dissertação de mestrado abordou a ficcionalização da morte nos contos da escritora brasileira Lygia Fagundes Telles. Além disso, possui especialização em Educação a distância e novas tecnologias, pela Faculdade Educacional da Lapa. Atualmente, está cursando o doutorado em Letras, na área de História da Literatura, na Universidade Federal do Rio Grande.

Referências

BECKER, Ernest. A negação da morte. 3ª ed. Tradução de Luiz Carlos do Nascimento Silva. Rio de Janeiro: Record, 2007.

BLOOM, Harold. A angústia da influência: uma teoria da poesia. Rio de Janeiro: Imago, 1991.

GENETTE, Gérard. Palimpsestos: a literatura de segunda mão. Tradução de Cibele Braga et al. Belo horizonte: Edições Viva Voz, 2010.

HUTCHEON, Linda. Uma teoria da adaptação. 2ª ed. Tradução de André Cechinel. Florianópolis: Editora da UFSC, 2013.

HUTCHEON, Linda. Uma teoria da paródia - Ensinamentos das formas de arte do século XX. Tradução de Tereza Louro Pérez. Lisboa: Edições 70, 1989.

KAFKA, Franz. A metamorfose. Tradução de Lourival Holt Albuquerque. São Paulo, Abril, 2010. (Clássicos Abril Coleções; v.20).

KAFKA, Franz. Carta ao pai. Tradução de Marcelo Backes. Porto Alegre: L & PM, 2010.

KAFKA, Franz. Um artista da fome. Tradução de Betty M. Kunz. In: PAES, José Paulo. Para gostar de ler – Volume 11 – Contos universais. 2ª ed. São Paulo, Ática, 1990.

KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça; BENTES, Anna Christina; CAVALCANTE, Mônica Magalhães. Intertextualidade - Diálogos possíveis. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2007.

KRISTEVA, Julia. Introdução à semanálise. Tradução de Lúcia Helena França Ferraz. São Paulo: Perspectiva, 1974.

MOSCOVICH. Cíntia. Por que sou gorda, mamãe?. 2ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2007.

PROUST, Marcel. A Prisioneira. Tradução de Manuel Bandeira e Lourdes Sousa de Alencar. São Paulo: Biblioteca Azul, 2016.

PROUST, Marcel. O tempo redescoberto. Tradução de Lúcia Miguel Pereira. 10 ª ed. São Paulo: Globo, 1990.

Publicado
2019-05-09