ARTEFATOS E UNIDADES DE MEDIDAS UTILIZADAS NO COTIDIANO DA COMUNIDADE QUILOMBOLA KALUNGA DO MIMOSO EM ARRAIAS-TO
Resumo
A Comunidade Quilombola Kalunga do Mimoso é reconhecida por sua história, cultura, tradições, saberes e fazeres, que são utilizados na construção de artefatos e na padronização de unidades de medidas para as atividades cotidianas. Neste sentido, a questão de pesquisa deste artigo é: Quais são os artefatos e as unidades de medidas utilizadas no cotidiano da Comunidade Quilombola Kalunga do Mimoso? Para tanto, objetivamos investigar os artefatos e as unidades de medidas utilizadas no cotidiano da Comunidade Quilombola Kalunga do Mimoso e a relação com a matemática acadêmica. O presente artigo possui uma abordagem qualitativa, tendo como instrumentos de recolha de informações a pesquisa etnográfica e a entrevista semiestruturada a cinco famílias residentes na comunidade. O texto está organizado em quatro seções: a primeira, introdutória, aborda o lócus da pesquisa; a segunda, apresenta as concepções e abordagens da etnomatemática; a terceira, apresenta os artefatos e as unidades de medidas utilizadas no cotidiano da comunidade e a relação com a matemática acadêmica; por fim, a quarta, aborda considerações sobre os resultados da pesquisa que revelam que a Comunidade Quilombola Kalunga do Mimoso utiliza os saberes e fazeres matemáticos na construção dos artefatos e na utilização das unidades de medidas nas atividades cotidianas.
Referências
ALMEIDA, Maria da Conceição de. Complexidade, saberes científicos, saberes da tradição. São Paulo: Livraria da Física, 2010.
ARAÚJO, S. R. E.; FOSCHIERA, A. A. As contradições entre a realidade socioeconômica da comunidade quilombola mimoso do kalunga e a garantia dos direitos legais de educação e território. Revista Pegada, v. 13, n.2, p. 203-227, dez.2012.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: 1988.
D’AMBROSIO, U. Etnomatemátca: elo entre as tradições e a modernidade. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
FERNANDES, A. M. Louceiras de Arraias: do olhar etnomatemático à ecologia de saberes na Universidade Federal do Tocantins. 2016. 136 f. Tese. (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
FERNANDES, A. M.; SILVA, M. C.; SANTOS, L. C. Saberes Etnomatemáticos na construção de casas de adobe da Comunidade Remanescente de Quilombo Kalunga do Mimoso. In: Santos, A. R. P. dos; Sthephani, A. D.; Santos, W. R. dos. (Orgs). Educação, cultura e etnodesenvolvimento: saberes em diálogo. Palmas: EDUFT, 2019, p. 63 -74.
FIORENTINI, Dario; LORENZATO, Sérgio. Investigação em educação matemática: percursos teóricos e metodológicos. – 3. ed. rev. - Campinas, SP: Autores Associados, 2012.
GOIÁS, Lei 11.409. Lei Ordinária do Estado de Goiás 11.409 de 21 de janeiro de 1991. Goiânia, GO: Palácio do Governo do Estado de Goiás: 1991
JESUS, E. A. A comunidade Kalunga do Riachão: um olhar Etnomatemático. Goiânia: Ed. UCG, 2007.
MACEDO, R. S. M.; MACEDO DE SÁ, S. M. A etnografia crítica como aprendizagem e criação de saberes e a etnopesquisa implicada: entretecimentos. Currículo sem Fronteiras, v.18, n.1, p.324-336, jan./abr. 2018. Disponível em: www.curriculosemfronteiras.org/vol18iss1articles/macedo-sa/pdf. Acesso em: 09 jun. 2021.
MENDES, I. A. Matemática e investigação em sala de aula: tecendo redes cognitivas na aprendizagem. ed. rev. e aum. – São Paulo: Editora Livraria da Física, 2009.
OLIVEIRA, M. M. de. Como fazer pesquisa qualitativa. 7. ed. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2016.
SILVA, M. C. Saberes e fazeres na construção de casas de adobe da comunidade remanescente de quilombo Kalunga do Mimoso. 2016. Monografia (Curso de Licenciatura em Matemática). Universidade Federal do Tocantins, Palmas, 2016.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).