A SUBJETIVIDADE E O ATO DE LEITURA

Palavras-chave: Leitor. Escola. Leitura subjetiva.

Resumo

Dentre as várias questões que envolvem a literatura e o seu ensino nas escolas, está a formação de leitores e as diversas circunstâncias e peculiaridades que circundam esse processo, entre elas o caráter subjetivo da leitura. A escola contemporânea se vê diante dos direitos do leitor e dos direitos do texto, mas, no primeiro caso, tem se mantido aquém de decisões que favoreçam as impressões dos alunos. As posições particulares deles em relação à leitura nem sempre encontram lugar nas salas de aula e no ensino da literatura. Elas são vistas com desconfiança e descaso, quando podem ser aproveitadas em benefício do processo de formação de leitores. Nesse texto, propõe-se uma discussão sobre a necessidade de se valorizar a leitura subjetiva de nossos estudantes, ancorados em alguns teóricos que abordam a temática, e uma articulação entre os modos de leitura, favorecendo assim as impressões pessoais dos estudantes, mas fornecendo-lhes condições para um conhecimento mais sistematizado sobre ler literatura.

Biografia do Autor

Vanessa Rita de Jesus Cruz, Secretaria da Educação do Tocantins (SEDUC - TO)

Doutora em Ensino de Língua e Literatura pela Universidade Federal do Tocantins, Mestra em Ensino de Língua e Literatura pela Universidade Federal do Tocantins e Graduada em Letras: Português pela Universidade Católica de Goiás. Professora da Rede Estadual do Tocantins.

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Publicado
2024-01-22