INTERFACES DA HIPERMODERNIDADE EM “PEQUENA COREOGRAFIA DO ADEUS”, DE ALINE BEI
Resumo
A literatura é uma forma de expressão, enquanto arte e linguagem produtoras e reprodutoras de formações ideológicas e discursivas, que reverbera os ecos discursivos dos contextos sócio-histórico e cultural, os quais estão inseridos. Partindo dessa premissa, observamos como as representações dos afetos e das subjetividades dos sentimentos ressoam a partir da solidão em plena multidão na contemporaneidade por meio da obra Pequena coreografia do adeus (2021), de Aline Bei. Portanto, neste artigo, propomos investigar a relação estabelecida entre a protagonista e o meio em que ela vive, o qual é constantemente afetado pelas relações que estabelece com as demais personagens pelos laços afetivos e partidas. Desse modo, adotamos uma pesquisa de cunho qualitativo e de natureza documental e bibliográfica para compreender como a Era do Vazio que foi utilizada como categoria analítica para compreender a relação familiar da protagonista. Para este estudo, lançamos mãos dos pressupostos teóricos postulados por Compagnon (2010), Lipovestsky (2004; 2005), Charles (2004), Carneiro e Abritta (2008) e Perrone-Moisés (2016). Os resultados alcançados apontam para a necessidade de compreendermos os vazios existenciais que compõem a vida do homem na hipermodernidade.
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