A TEORIA HABERMASIANA DO AGIR COMUNICATIVO COMO FUNDAMENTO TEÓRICO DO PROJETO DE EXTENSÃO “FALANDO EM FAMÍLIA”: UMA PESQUISA TRANSLACIONAL NO ÂMBITO DOS CONFLITOS JURÍDICO-FAMILIARES NO BRASIL
Resumo
Apresenta-se relato de experiência fundado nas ações desenvolvidas pelo Projeto de Extensão “Falando em Família”, parceria entre Instituições de Ensino Superior e o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. A Teoria do Agir Comunicativo, de Jürgen Habermas é o fundamento teórico que aliado à investigação empírica procura verificar se o entendimento acerca dos direitos e deveres pelas partes envolvidas em conflitos jurídico-familiares pode contribuir para o exercício do poder decisório e autônomo dos demandantes, mitigando a cultura da sentença como única alternativa. Fundamenta-se a pesquisa no método de abordagem indutivo, no procedimento de pesquisa monográfico, na abordagem metodológica quantitativa-qualitativa, na técnica de pesquisa documental direta e indireta e sob a perspectiva translacional da pesquisa. Os principais resultados denotam a compreensão dos direitos e deveres pelas partes com percentual significativo de acordos formalizados, demonstrando que a teoria pode ser inspirada pela prática e voltar-se para o atendimento às demandas sociojurídicas.
Referências
BRAGA, Adriana; LOGAN, Robert K. Comunicação, informação e pragmática In MORIGI, Valdir; JACKS, Nilda; GOLIN, Cida (org.). Epistemologias, comunicação e informação. Porto Alegre: Sulina, 2016, p. 44- 68.
BRASIL (2004). Lei n. 10.973, de 2 de dezembro de 2004. Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.973.htm. Acesso em: 20 dez. 2021.
BRASIL (2015). Lei n. 13.105 de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 20 dez. 2021.
CASTELLS, Manuel. A era da informação: economia, sociedade e cultura. In: Sociedade em Rede. Vol. 1. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
CHRISTENSEN, Clayton M. O Dilema da Inovação: quando as novas tecnologias levam empresas ao fracasso. São Paulo: M. Books, 2012.
FOUCAULT, Michel. Ética, sexualidade, política (Ditos e escritos V). Organização e seleção de textos: Manoel Barros da Motta; Elisa Monteiro, Inês Autran Dourado Barbosa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.
FREITAG, Barbara. Dialogando com Jürgen Habermas. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2005.
HABERMAS, Jürgen. O discurso filosófico da modernidade: doze lições. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
HABERMAS, Jürgen. Teoria do agir comunicativo: racionalidade da ação e racionalização social. Vol. 1. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.
KOURY, Mauro Guilherme Pinheiro. Jürgen Habermas e a teoria do agir comunicativo: breves notas introdutórias. RBSE – Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 14, n. 40, p. 29-37, abril de 2015.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
SIEBENEICHLER, Flávio Beno. Jürgen Habermas: razão comunicativa e emancipação. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989.
SILVA, Eliezer Gomes da. Direito translacional: teorias e práticas jurídicas em interface bidirecional a proposta de um novo mestrado em direito na UEPG. Revista Humanidades & Inovação: Inovação, novas tecnologias e o futuro do Direito II, v. 8, n. 48, jun. 2021. ISSN 2358-8322. Palmas -TO, p. 236-248. Disponível em: https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/issue/view/119. Acesso em: 20 dez. 2021.
WOLTON, Dominique. Informar não é comunicar. Porto Alegre: Sulina, 2011.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).