HISTÓRIA DAS PESSOAS COMUNS: DO ESQUECIMENTO À PRODUÇÃO ACADÊMICA

Palavras-chave: Humanidades. História vista de baixo. História da educação. Práticas educativas.

Resumo

Este artigo objetiva compreender a trajetória histórica das pessoas comuns. A questão geral do estudo gira em torno da importância de se pesquisar as pessoas comuns, ignoradas pela História Tradicional, em nome dos reis, nobres, poderosos, políticos e militares, como as mulheres, crianças, negros, idosos. O texto pontua a inclusão delas na História, as investigações sobre suas experiências, saberes, práticas sociais, culturais e educativas. No terreno metodológico, através da pesquisa Estado da Arte, buscou-se mapear e classificar os trabalhos monográficos em nível de mestrado e doutorado, produzidos pelo NHIME, entre os anos de 2000 e 2018. Concluiu-se que os estudos sobre as pessoas comuns se evidenciaram a partir das Teorias da História, sobretudo com a historiografia francesa, através dos Annales e com a inglesa, por intermédio dos ingleses marxistas.

Biografia do Autor

Francisco Joel Magalhães da Costa, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutor em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professor temporário no Centro de Desenvolvimento e Treinamento (CETREDE). Pesquisador do Núcleo de História e Memória da Educação (NHIME) da UFC/CNPq.

José Rogério Santana, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Pós-doutor em História da Educação pela Universidade Federal da Paraíba. Professor associado I da Universidade Federal do Ceará (FACED/UFC). Participa do Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira da UFC.

Carlos Gilano Andrade do Araújo, Escola de Dança e Integração Social para Criança e Adolescente (EDISCA)

Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará (2008). Mestre em Educação pela Universidade Federal do Ceará (2018). Tem formação e experiência internacional na área de Arte, com ênfase em Arte Educação (Dança, Teatro e Artes Plásticas). Atualmente é coreógrafo e diretor artístico da EDISCA - Escola de Dança e Integração Social para Criança e Adolescente.

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Publicado
2024-10-04