PEDAGOGIA CULTURAL E LITERATURA: INTERMEDIAÇÕES POSSÍVEIS

Palavras-chave: Pedagogia Cultural. Literatura. Identidade. Formação do Sujeito.

Resumo

Este artigo teve objetivou refletir a respeito de algumas relações existentes e permeáveis entre a Pedagogia Cultural e a Literatura, a partir da perspectiva de que ambos os campos de estudo colaboram para a reflexão do processo formativo do ser humano, enquanto indivíduos construtores de suas identidades, capazes de reconhecer a si e ao outro e com condições de transformar a sua realidade. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa, baseada em estudiosos da área, como Freire (1995,1997,2004), Giroux (1995, 1997, 2004), Candido (1999), Ellsworth (2005), Cosson (2016) e outros É possível compreender a existência de relações de ensino e aprendizagem em diferentes nichos sociais, regulados pela Pedagogia Cultural que, assim como a Literatura, preocupa-se com a inserção de todos no processo de ensino e aprendizagem e na formação de indivíduos que configurem concepções a respeito de sua existência, de sua própria história e de suas ressignificações, enquanto seres identitários.

Biografia do Autor

Eliza Alves Landin, Universidade Estadual de Goiás (UEG)

Mestranda do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT) da Universidade Estadual de Goiás, Campus Anápolis (CCSEH). 

Débora Cristina Santos e Silva, Universidade Estadual de Goiás (UEG)

Pós-doutora em Literatura e Hipermídia pela Universidade Fernando Pessoa /Porto-Portugal e em Arte e Cultura Visual (PPG-AC-UFG). Professora do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPG-IELT) da Universidade Estadual de Goiás.

Referências

AGUIRRE, Carlos. História das prisões no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.

ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz. História: a arte de inventar o passado. Ensaios de teoria da história. 3. ed. Bauru-SP: EDUSC, 2007.

ALEXANDER, Jaqui. Pedagogies of Crossing. Meditations on Feminism, Sexual Politics, Memory, and the Sacred. 1. ed. Durham, NC: Duke, 2005.

BORTONI-RICARDO, Stella Maris. O professor pesquisador: introdução à pesquisa qualitativa. 8. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

CANDAU, Vera Maria. Diferenças culturais, interculturalidade e educação em Direitos Humanos. Educ. Soc., Campinas, v. 33, n. 118, p. 235-250, jan.-mar. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/QL9nWPmwbhP8B4QdN8yt5xg/?format=pdf&lang=pt . Acesso em: 02 nov. 2021.

CÂNDIDO, Antonio. A literatura e a formação do homem. Remate de Males: Revista do Departamento de Teoria Literária. São Paulo, n. esp., p. 81-89, 1999. Disponível em: https://repositorio.usp.br/item/001022230. Acesso em: 02 nov. 2021.

CHKLÓVSKI, Victor. Teoria da Literatura: Formalistas Russos. Porto Alegre: 5. ed. Editora Globo, 1976.

COSSON, Rildo. Letramento literário: 2. ed. teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2016.

DALVI, Maria Amélia; REZENDE, Neide Luzia de; JOVER-FALEIROS, Rita (Org.). Leitura de literatura na escola. 2. ed. São Paulo: Parábola, 2013.

ELLSWORTH, Elizabeth. Places of learning: Media, architecture and pedagogy. New York: Routledge, 2005.

FREIRE, Paulo. Carlos Alberto Torres, Consciência e História. A Práxis Educativa de Paulo Freire. São Paulo: Cortex & Moraes, 1979.

______. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Villa das Letras, 2007

______. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 2011.

FRESQUET, Adriana. Uma experiência de aprender com o cinema. 1. ed. Rio de Janeiro: UFRJ, 2007.

GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. 1. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2002.

Gil, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.


GIROUX, Henry; MCLAREN, Peter. Currículo, Cultura e Sociedade. 1. ed. São Paulo: Corteza, 1995.

GIROUX, Henry. Os professores como intelectuais. 1. ed. Porto Alegre:Artes Médicas, 1997.

______. Cruzando as fronteiras do discurso educacional: novas políticas
em educação. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999

______. Cultural studies, public pedagogy and the responsibility of intellectuals. London: Communication and Critical/Cultural Studies, 2004.

GRAMSCI, Antonio. Quaderni del Carcere. Edizione critica dell'Istituto Gramsci, Turim: Giulio Einaudi Editori, 1975.

Hall, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.

JOUVE, Vicent. Por que estudar literatura? Tradução de Marcos Bagno e Marcos Marcio-lino. 1. ed. São Paulo: Parábola editorial, 2012.

KINCHELOE, Joe Lyons; STEINBERG, Shirley. Mudando o multiculturalismo. Buckingham: Open University Press, 1997.

SILVA, Débora Cristina Santos; ALVES, Carolina Francielle. Ensino de Literátura e Artes: Uma Página em Branco: Ensino de Literatura e Artes numa Perspectiva Pós-Colonial. I Seminário Internacional de Investigacion em Arte Y Cultura Visual, v. 1, n. 2, Montevideo. 2017. Disponível em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/778/o/CulturaVisual_L3_150.pdf. Acesso em: 03 nov. 2021.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. 6ª ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

MARTINS, Raimundo.; TOURINHO, Irene. Pedagogias Culturais. 1. ed.Santa Maria: UFSM, 2014.

RAYMOND, Willian. Hot and Cool. Penguin, 1968.

STRECK, Danilo Romeu; REDIN, Euclides.; ZITKOSKI, Jaime José. (Orgs.). Dicionário Paulo Freire. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010.

TREND, Davi. Cultural Pedagogy: Art, Education, Politics. New York: Bergin & Garvey, 1992.
Publicado
2022-09-13