A PAUTA DO CORPO-TERRITÓRIO COMO ARGUMENTO DE RE-EXISTÊNCIA NA ESCOLA
Resumo
Este artigo, elaborado a partir das discussões do Grupo de Estudos Espaço, Currículo e Avaliação (GEECA) da UFRJ, analisa a relação entre os “giros” territoriais e de(s)coloniais e propõe alternativas curriculares diante da precarização escolar acentuada pela pandemia de Covid-19. Utilizando narrativas autobiográficas, busca compreender a escola pública como território de resistência de grupos subalternos, ressaltando a necessidade de um currículo de(s)colonizado. A narrativa autobiográfica, consolidada como metodologia no campo educacional, é usada para problematizar questões invisibilizadas na escola. O texto explora a hipótese do "currículo de sangue" como contrarreforma, reconhecendo que os resultados ainda são incipientes por demandarem análise aprofundada. Ao conectar a Geografia a experiências concretas, destaca-se a importância de um currículo que valorize as vivências, resistências e lutas de mães, mulheres, professoras e periféricas, atribuindo sentido às existências e às perdas indispensáveis para compreender demandas comuns.
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