SABERES E FAZERES DOCENTES EM TEMPOS DE PANDEMIA: REFLEXÃO, IMAGINAÇÃO E CRIAÇÃO DE “INÉDITOS VIÁVEIS”

Palavras-chave: Formação inicial e continuada. Saberes e fazeres docentes. Construção de “inéditos viáveis”. Educação Infantil. Pandemia.

Resumo

Neste trabalho, busca-se compreender como professores da Educação Infantil de uma instituição pública vêm se apropriando da realidade pandêmica e, com base em seus saberes e fazeres docentes constituídos, vão combinando os elementos da realidade para criar novas práticas pedagógicas. A perspectiva de Vigotski (2009) sobre como acontecem os processos de imaginação e criação humana e o conceito de “inédito viável” de Paulo Freire (1981) fundamentam o estudo. Em permanente reflexão e diálogo sobre as condições da realidade, e resgatando referências nas histórias pessoais, profissionais e acadêmicas, os professores criaram, coletivamente, novas estratégias pedagógicas, reconfigurando os fazeres docentes. A dinâmica escolar se reinventa, diante de diferentes demandas, criando novos modos de comunicação e interação. Neste tempo de tanta incerteza e questionamento sobre o papel da escola, torna-se urgente repensar, reinventar os saberes e os fazeres pedagógicos, a profissionalidade docente em todos os segmentos da educação básica ao ensino superior.

Biografia do Autor

Adriana Santos da Mata, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Graduada em Pedagogia (pela UFF) Mestre e Doutora em Educação (pela UFF). Atualmente é professora no Colégio Universitário Geraldo Reis da Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Resolução Nº 5, de 17 de dezembro de 2009.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 17 ed.1981.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 24. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. (Coleção Leitura)

FREIRE, Paulo; FAUNDEZ, Antonio. Por uma Pedagogia da Pergunta. Revisão técnica e tradução do texto Antonio Faundez; Heitor Ferreira da Costa. 8. ed. Rio e Janeiro/ São Paulo: Paz e Terra, 2017.

GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas, sinais: Morfologia e História. Tradução de Federico Carotti. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. 6. reimpressão, 2014.

IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez, 2004. 4. ed. (Coleção Questões da Nossa Época, v.77)

NÓVOA, Antônio. Formação de professores em tempo de pandemia. Webconferência Prof. Antônio Nóvoa. Instituto Iungo apresentado por Paulo Andrade [Santa Catarina, 23/06], 2020. 1 vídeo (1h 03min 25seg). Publicado pelo canal Instituto Iungo. Disponibilidade em ˂https://www.youtube.com/watch?v=ef3YQcbERiM˃ Acesso em: 28 jun. 2020.

SMOLKA, Ana Luiza B. A memória em questão: uma perspectiva histórico-cultural. Educação & Sociedade, ano XXI, nº 71, p. 166-193, jul. 2000.

VIGOTSKI, Lev S. Imaginação e criação na infância: ensaio psicológico — livro para professores. Apresentação e comentários: Ana Luiza Smolka. Tradução: Zoia Prestes. São Paulo: Ática, 2009.

XAVIER, Gelta T. (Org.) Curriculistas como dirigentes políticos: rupturas teórico-práticas com as prescrições oficiais para o currículo. Rio de Janeiro: Enelivros, 2007.

ZABALZA, Miguel A. Diários de aula: um instrumento de pesquisa e desenvolvimento profissional. Tradução de Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Publicado
2023-04-04