ESPAÇOS EXTERNOS DE EDUCAÇÃO INFANTIL: ENTRE A PRECARIEDADE E A POTÊNCIA

Palavras-chave: Espaços externos. Educação Infantil. Pandemia.

Resumo

O artigo coloca em diálogo três pesquisas que investigaram os espaços físicos de creches e pré-escolas públicas no estado do Rio de Janeiro. Discute teoricamente a dimensão espacial com foco nas áreas externas, justificando sua centralidade na concretização de práticas de qualidade em Educação Infantil. As análises são tecidas considerando as dimensões e características dos espaços pesquisados. As conclusões apontam pouca frequência às áreas externas, a despeito do interesse e do desejo das crianças; ausência de proposta pedagógica que contemple as áreas externas; poucas possibilidades de as crianças terem contato com a natureza; e distância entre a realidade e os documentos oficiais. Tal discussão torna-se ainda mais relevante no contexto da pandemia de Covid-19, em que os espaços externos se mostram como lugares mais seguros.

Biografia do Autor

Maria Leonor Pio Borges de Toledo, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Liana Garcia Castro, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Aline do Nascimento Ricci, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Mestra em Educação pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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AUTOR 1, 2014.

AUTOR 1. Artigo publicado na Revista Educação e Pesquisa, 2017.

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Publicado
2023-04-04