A EDUCAÇÃO DO CAMPO E OS DESAFIOS DO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL

Palavras-chave: Educação do Campo. Ensino Remoto. Pandemia.

Resumo

Este artigo trata da discussão sobre os desafios que a pandemia provocada pelo coronavírus trouxe para a Educação do Campo. Trata-se de um relato de pesquisa qualitativa realizada com estudantes de salas anexas de uma escola púbica da cidade de Vila Rica, no Estado de Mato Grosso. O objetivo foi ouvir os estudantes do campo acerca dos desafios enfrentados por eles quanto ao ensino remoto durante a pandemia. A coleta de dados ocorreu entre novembro e dezembro de 2020, envolvendo levantamento de bibliografia e aplicação de questionário a 25 estudantes, na faixa etária de 15 a 37 anos de idade. A pesquisa evidenciou que as juventudes do campo não estão alheias aos acontecimentos e nem às tecnologias digitais, no entanto foi visível que a educação no formato remoto excluiu esses alunos, sendo a falta de conectividade o principal fator desta exclusão.

Biografia do Autor

Jaqueline Stein, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Mestre em Educação (UFT). Graduada em Letras (Unipar).  Professora na Seduc/MT.

Mônica Strege, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Mestra em Educação (PPGE/UFT). Especialista em Ensino de Biologia (UAM). Graduada em Ciências Biológicas (UNIVAG). Pesquisadora do Grupo de CNPq-Gepce/Minorias/UFT. 

Marluce Zacariotti, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Doutora em Educação (PUC-Go). Mestre em Ciências da Comunicação (ECA/USP). Profa. Associada do curso de Jornalismo (UFT). Vice coordenadora do Mestrado Profissional em Educação (UFT). Coordenadora do Grupo de Pesquisa Comunicação, Sociedade e Meio Ambiente(CNPq) e o Núcleo de Pesquisa, Extensão e Práticas Jornalísticas (UFT).

Referências

ARROYO, Miguel Gonzalez. Políticas de formação de educadores(as) do campo. Cad. Cedes, Campinas, vol. 27, n. 72, p. 157-176, maio/ago. 2007. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br acesso em 25. Nov. 2020.

_____________ Políticas de formação de educadores(as) do campo. Cad. Cedes, Campinas, vol. 27, n. 72, p. 157-176, maio/ago. 2007. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br acesso em: 03de nov de 2020.

ARRUDA, Eucidio. Educação remota emergencial: elementos para políticas públicas na educação brasileira em tempos de Covid-19. EmRede, v. 7, n. 1, p. 257-275.2020. Disponível em: https://www.rehsearchgate.net/publication/341411723_EDUCACAO_REMOTA_EMERGENCIAL_elementos_para_politicas_publicas_na_educacao_brasileira_em_tempos_de_Covid-19 Acesso em: 01.out.2020.

AZEVEDO, Fernando de. A educação e seus problemas. 4. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1962.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.

BRASIL. Parecer CNE/CP nº 5, de 28 de abril de 2020. Reorganização do Calendário Escolar e da possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para fins de cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da Pandemia da COVID-19. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=145011-pcp005-20&category_slug=marco-2020-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 3 out. 2020.

_________. Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.brAcesso em 22/11/2020.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede, vol.1, São Paulo, Paz e Terra, 2000.

DAYRELL, Juarez Tarcisio. Jovens Olhares Sobre a Escola do Ensino Médio. Cadernos Cedes, Campinas, vol. 31, n. 84, 2011. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br. Acesso em: 12 de nov de 2020.

DAYRELL, Juarez Tarcisio. Por uma pedagogia da juventude. Disponível https://midiasstoragesec.blob.core.windows.net/001/2017/09/anexo-i_por-uma-pedagogia-da-juventude_juarez-dayrell.pdf

DELEUZE, G. Cursos sobre Spinoza (Vincennes, 1978-1981). Fortaleza: EDUECE, 2012.

DEMO, Pedro. Atividades de aprendizagem: sair da mania do ensino para comprometer-se com a aprendizagem do estudante [recurso eletrônico] / Pedro Demo. Campo Grande, MS: Secretaria de Estado de Educação do Mato Grosso do Sul –SED/MS, 2018. Disponível em: http://www.sed.ms.gov.br/wp-content/uploads/2018/12/eBook-Atividades-de-Aprendizagem-Pedro-Demo.pdf. Acesso em 27.nov.2020.

FREIRE, Paulo. Educação Como Prática da Liberdade. Edição 44. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2018.

_________ Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.

_________Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa / Paulo Freire. – São Paulo: Paz e Terra, 1996. – (Coleção Leitura)

FRIGOTTO, Gaudêncio. A gênese das teses do Escola sem Partido: esfinge e ovo da serpente que ameaçam a sociedade e a educação. In Escola “sem” partido : esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira / organizador Gaudêncio Frigotto. Rio de Janeiro : UERJ, LPP, 2017.

GADOTTI, Moacir. Lições de Freire. Rev. Fac. Educ. v. 23 n. 1-2 São Paulo Jan./Dez. 1997.

GOHN, Maria da Glória. Movimentos sociais e educação. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001.

HARVEY, D. Condição Pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1989.

LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva. Por uma antropologia do ciberespaço, traduzido por Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Edições Loyola, (1998).

LEÓN, Oscar Dávila. ABRAMO, Helena Wendel. Juventude e adolescência no Brasil: referências conceituais. São Paulo/SP. Ação Educativa, 2005, p. 10. Disponível em: https://library.fes.de/pdf-files/bueros/brasilien/05623.pdf

MELO, Josimeire Medeiros Silveira. História da Educação no Brasil / 2 ed. Fortaleza: UAB/IFCE, 2012.

MIRANDA, José Fernando Bezerra e ROCHA, José Damião Trindade. Cibercultura e Mobilidade: a Utilização de Smartphones em Sala de Aula. Revista Humanidades e Inovação v.7, n.9 – 2020.

MORAES, Maria Célia Maria de. Recuo da Teoria: dilemas na pesquisa em educação. Revista Portuguesa de Educação, vol1. n.14, p.7-25. Universidade do Minho Braga: Portugal, 2001.Disponivel em> https://core.ac.uk/download/pdf/25652827.pdf dia22/11/2020.

MOREIRA, José António Marques, HENRIQUES, Susana e BARROS, Daniela. Transitando de um Ensino Remoto Emergencial Para Uma Educação Digital em Rede, em Tempos de Pandemia. Dialogia, SãoPaulo,n.34, p. 351-364,jan./abr.2020. DOI: https://doi.org/10.5585/Dialogia.N34.17123. Acesso em: 06.out.2020.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Tedros Adhanom Ghebreyesus. Disponível em: https://twitter.com/DrTedros. Acesso em: 12 mar. 2020.

Rocha, Damião, Coelho, Marcos Irondes e Bombarda, Fábio. A escola do pé de manga: unidocência e classe (multi)seriada de uma escola rural mato-grossense. Revista Humanidades e Inovação v.7, n.12 – 2020.

ROSA, Rosane Teresinha Nascimento da. Das aulas presenciais às aulas remotas: as abruptas mudanças impulsionadas na docência pela ação do Coronavírus -o COVID-191! Rev. Cient. Schola.Vol VI, Nr1, Julho 2020. Disponivel em: http://www.cmsm.eb.mil.br/images/CMSM/revista_schola_2020/Editorial%20I%202020%20(Rosane%20Rosa).pdf. Acesso em 22.ago.2020.

QUEIROZ, João Batista Pereira de. A Educação do Campo no Brasil e a Construção das Escolas do Campo 1. Revista Nera. Presidente Prudente, nº. 18 pp. 37-46 ano 2014.

SANTOS, Ramofly Bicalho. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃODO CAMPO NO BRASIL: O protagonismo dos movimentos sociais. Teias v. 18 • n. 51 • 2017

SANTOS, Boaventura de Sousa. A cruel pedagogia do vírus. Coimbra: Editora Almedina, 2020.

SAVATER, Fernando. O valor de Educar. São Paulo; Martins, 1998.

SAVIANI, D. História das Ideias Pedagógicas no Brasil. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2008.

VALENTE, Jonas. Brasil tem 134 milhões de usuários de internet, aponta pesquisa A maioria acessa a internet pelo celular. AGÊNCIA BRASIL. Brasília. 2020. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-05/brasil-tem-134-milhoes-de-usuarios-de-internet-aponta-pesquisa. Acesso em: 27.nov.2020.

ZACARIOTTI, M. E. C.; SOUSA, J. L. Dos S. Tecnologias digitais de informação e comunicação como recurso de mediação pedagógica. Revista Observatório, v. 5, n. 4, p. 613-633, 1 jul. 2019.

ZIECH, Márcia Eliana. A Educação do Campo na Perspectiva da Educação Popular. CONTEXTO & EDUCAÇÃO Editora Unijuí Ano 32 nº 102 Maio/Ago. 2017.

Publicado
2023-05-15
Seção
Artigos