DIREITO À SAÚDE E CONTROLE DE CORPOS: UMA ANÁLISE SÓCIO-JURÍDICA SOBRE O DISCURSO OFICIAL ACERCA DA TRANSIÇÃO CORPORAL

Palavras-chave: Transexualidade. Transição Corporal. Gênero. Corpo. Sexo.

Resumo

O presente artigo se propõe a investigar a mudança do corpo trans com fins de readequação à uma identidade de gênero, mais especificamente estuda-se o discurso oficial sobre a transição corporal, sustentado pelo Conselho Federal de Medicina e pelo Ministério da Saúde. Busca-se responder à pergunta problema: em que medida o discurso oficial sobre a transição corporal é reprodutor de um complexo de poder, que exerce um controle sobre o corpo trans? Para tanto, o artigo está dividido em três seções que se confundem com os três objetivos específicos, quais sejam: reconstruir o discurso oficial sustentado pelo Ministério da Saúde e Conselho Federal de Medicina, sobre a transexualidade e alteração do corpo trans; expor teorias críticas sobre o corpo, como elemento produzido por relações de poder; analisar os documentos que sustentam o discurso oficial, à luz do que foi construído em termos de substrato teórico crítico.

Biografia do Autor

Thiago Augusto Galeão de Azevedo , Universidade Federal do Mato Grosso

Doutor em Direito. Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).

Referências

BENTO, Berenice. O que é transexualidade? 1 ed. Brasília: brasiliense, 2008.

BENTO, Berenice. Reinvenção do Corpo: Sexualidade e gênero na experiência transexual. 1 ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.

BRASIL, Conselho Federal de Medicina. Parecer 08/2013.

BRASIL, Conselho Federal de Medicina. Resolução 1.652.

BRASIL, Conselho Federal de Medicina. Resolução 1.955.

BRASIL, Conselho Federal de Medicina. Resolução 2.265.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria 457/SAS/MS.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria 859/MS.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria 1.579/MS.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria 1.707 GM/MS.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria 2.803/MS.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria 2836/GM/MS.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero – Feminismo e subversão da identidade. 7ª ed. Rio de janeiro: Civilização brasileira, 2014.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: A vontade de saber. Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. 1ª ed. Rio de Janeiro/ São Paulo: Paz & Terra, 2014.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. 29ª reimpressão. São Paulo: Graal, 2011.

KÜCHEMANN, Berlindes. A.; BANDEIRA, Lourdes Maria.; ALMEIDA, Tânia Mara C. A categoria gênero nas Ciências Sociais e sua interdisciplinaridade. Revista do CEAM, v. 3, n. 1, p. 63-81, 14 abr. 2015.

LAQUEUR, Thomas. Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos a Freud. Trad. Vera Whately. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. CID-10 - Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, 1993.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. CID-11 - Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, 2018.

SÍTIO PORTAL DA SAÚDE. Processo Transexualizador no SUS. 2016. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/1174-sgep-raiz/lgbt/21885-processo-transexualizador. Acesso em: 24 de setembro de 2017.
Publicado
2021-08-31
Seção
Artigos - Parte I