ENTRE A GINGA E A RELAÇÃO COM O SABER NA RODA DE CAPOEIRA:  NOTAS SOBRE O RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM JOVEM CAPOEIRISTA EM MACEIÓ/AL

Igor Rafael Bispo Santos; Lílian Bárbara  Cavalcanti Cardoso; Roseane  Maria de Amorim; Rosemeire  Reis

Igor Rafael Bispo Santos Universidade Federal de Alagoas (PPGH-UFAL) https://orcid.org/0000-0001-8503-4231
Lílian Bárbara Cavalcanti Cardoso Universidade Federal de Alagoas (UFAL) https://orcid.org/0000-0002-0112-3155
Roseane Maria de Amorim Universidade Federal da Paraíba - UFPB
Rosemeire Reis Universidade Federal de Alagoas - UFAL https://orcid.org/0000-0003-1525-3564

Palavras-chave: Ancestralidade. Capoeira. Juventude. Relação com o saber.

Resumo

Objetiva-se compreender a relação com o saber estabelecida por um jovem na roda de capoeira. O grupo de capoeira observado neste trabalho se reúne em uma das praças no Conjunto Eustáquio Gomes de Melo, Cidade Universitária, Maceió, Alagoas. A capoeira é considerada um espaço de formação, contrariando o pensamento de que somente a escola, como instituição formal de ensino, é capaz de ensinar os saberes. A LDBEN (n.º 9.394/96), em seu artigo primeiro, parte de um conceito de educação que abrange todo processo de formação que pode ocorrer em diversos lugares, entre eles, as manifestações culturais. Nesse sentido, o jovem entrevistado nesta pesquisa mostra que a roda de capoeira vai além de uma luta ou dança, “ela forma para a vida” e identidades. Classificada como uma pesquisa qualitativa, tendo como instrumento de coleta de dados, a entrevista como prática reflexiva na perspectiva de Szymanski (2008) e observação in loco. A capoeira como instrumento da ancestralidade permite o fortalecimento da identidade, do pertencimento e da subjetividade dos jovens negros e não negros, permitindo maior posicionamento da pessoa na sociedade.

Biografia do Autor

Igor Rafael Bispo Santos, Universidade Federal de Alagoas (PPGH-UFAL)

Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Alagoas (PPGH-UFAL), Professor de História dos anos finais e de ensino médio da educação básica.

Lílian Bárbara Cavalcanti Cardoso, Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Doutoranda e mestra em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Graduada em Pedagogia na UFAL. Especialista em Psicopedagogia cursado no Instituto Batista de Ensino Superior de Alagoas (Ibesa). Atualmente é professora efetiva da Secretaria de Educação de Maceió (Semed) e desenvolve pesquisa no Grupo de Pesquisa Juventudes, Cultura e Formação (GPEJUV-UFAL), vinculado ao CNPq/Ufal.

Roseane Maria de Amorim, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Mestra e doutora em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco. Licenciada em História pela Universidade Católica de Pernambuco. Professora da Universidade Federal da Paraíba. Professora do Departamento de Fundamentação da Educação e do Programa de Pós-Graduação no Mestrado Profissional em Ensino de História pela UFPE.

Rosemeire Reis , Universidade Federal de Alagoas - UFAL

Mestra e doutora em Educação: Didática, Teorias de Ensino e Práticas Escolares pela Faculdade de Educação da USP, bolsista produtividade CNPq, com pós-doutorado em Educação em 2012 sob a supervisão do Prof. Dr. Bernard Charlot, pela Universidade Federal de Sergipe (2012), e em 2016/2017, sob a supervisão da Profa. Dra. Christine Delory-Momberger pela Universidade Sorbonne Paris Nord. Líder do Grupo de Pesquisa Juventudes, Culturas e Formação – (GPEJUV -UFAL), vinculado ao CNPq/Ufal. Integra o REPERES (Rede de Pesquisa sobre Relação com o saber) e o GIS Le Sujet dans la Citê (Universidade Sorbonne Paris Nord). É professora no Programa de Pós-Graduação do Cedu-Ufal e dos cursos de licenciatura na mesma instituição.

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