TRAJETÓRIAS NEGRAS IMPORTAM HISTÓRIAS DE NORDESTINAS(OS) EGRESSAS DE POLÍTICAS DE COTAS RACIAIS NO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO BRASILEIRO (2003- 2018)

Palavras-chave: Políticas Afirmativas. Trajetórias. Universidade. Nordeste Brasileiro. Pandemia.

Resumo

A presente pesquisa tem como objetivo central apresentar e comentar o impacto das ações Afirmativas na trajetória acadêmica e profissional de 5 estudantes nordestinas(os) egressas(os) das políticas de Cotas e os reflexos de sua formação na vida familiar. É no Nordeste Brasileiro onde os dados sempre apontaram as maiores desigualdades educacionais e de renda. Mas é também no Nordeste, sempre lembrado pela seca, fome e pobreza, onde as políticas de expansão do ensino superior e de acesso às Universidades foram responsáveis por uma mudança significativa. Por aqui, estão concentrados 20% da população Universitária Brasileira e é também nesta região onde, 7 das 18 Universidades criadas até 2010 estão localizadas. Cabe uma análise mais detalhada sobre o acesso deste grupo de estudantes (em geral de famílias empobrecidas, negras e sem histórico de educação, sobretudo a educação superior) à Universidade, suas trajetórias educacionais e o impacto do ingresso e conclusão da graduação na sua vida pessoal e na de seus familiares. Ao realizar essa análise não é possível desconsiderar o momento de pandemia que vivemos no Brasil, neste ano de 2020, e os desafios que essa situação traz para pensarmos a equidade na educação.

Biografia do Autor

Dyane Reis, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB

Doutora em Educação. Professora Associada I (Centro de Artes, Humanidades e Letras – UFRB). Professora do Programa de Pós Graduação em Políticas Sociais e Territórios (Posterr-UFRB). Vice-Líder do Observatório de Políticas Sociais e Serviço Social (OPSS/UFRB) e Pesquisadora do Grupo a Cor da Bahia (UFBA).

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Publicado
2021-01-25