INOVAÇÃO PEDAGÓGICA: UMA RESSIGNIFICAÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Resumo
Este artigo suscita elaborações teóricas sobre Educação Física escolar e inovação pedagógica. Objetiva discutir e sistematizar componentes pedagógicos passíveis de serem empreendidas inovações nas práticas educativas da Educação Física. Aponta que inovações realizadas na organização do currículo e do conhecimento escolar, nos métodos, técnicas e estratégias de ensino, nos materiais e recursos, na avaliação, na vertente concepção-ação e na relação professor-aluno são capazes de ressignificar práticas tradicionais históricas deste componente curricular. Conclui ressaltando que a atitude pedagógica voltada à inovação na Educação Física escolar possibilita, em primeira instância, a emergência de práticas inovadas e reinventadas e, de modo geral, a legitimação contemporânea da Educação Física em função do alcance a garantia de qualidade por meio dos saberes que trata essa disciplina obrigatória na escola básica.
Referências
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da educação. São Paulo: Moderna, 1990.
ARROYO, Miguel Gonzáles. Experiências de inovação educativa: o currículo na prática da escola. In: MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa. et al. (Org.). Currículo: políticas e práticas. Campinas, SP: Papirus, 1999.
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
BETTI, Irene Conceição Rangel. Esporte na escola: mas é só isso, professor? Motriz, v. 1, n. 1, 25-31, junho/1999.
BETTI, Irene Conceição Rangel. O prazer em aulas de Educação Física Escolar: a perspectiva discente. 1992. 99f. Dissertação (Mestrado em Educação Física Escolar) – Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas-SP, 1992.
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, agosto/1999.
BRACHT, Valter. A educação física brasileira e a crise da década de 1980: entre a solidez e a liquidez. In: MEDINA, João Paulo Subirá (Org.). A educação física cuida do corpo… e “mente”. 25. ed. Campinas: Papirus Editora, 2010, v. 1, p. 99-116.
BRACHT, Valter et al. Pesquisa em ação: educação física na escola. 2. ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2005. 128p.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.
CANÁRIO, Rui. A escola tem futuro? Das promessas às incertezas. Porto Alegre: Artmed, 2006.
CANÁRIO, Rui. O que é a escola? Um “olhar” sociológico. Porto: Editora Porto, 2005.
CARBONELL, Jaume. A aventura de inovar: a mudança na escola. Trad. Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. Rio de Janeiro: Cortez Editora, 2012.
CORREIA, Walter Roberto. Educação Física Escolar: desafiando a sua presumível imutabilidade. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. São Paulo, v. 28, n. 4, p. 691-700, 2014.
FARIAS, Uirá de Siqueira et al. Educação Física escolar no ensino fundamental: o planejamento participativo na organização didático-pedagógica. Motrivivência, Florianópolis, v. 31, n. 58, p. 1-24, maio 2019.
FENSTERSEIFER, Paulo Evaldo; SILVA, Marlo André da. Ensaiando o “novo” em Educação Física Escolar: a perspectiva de seus autores. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, v. 33, n. 1, p. 119-143, 2011.
FERRETTI, Celso J. A inovação na perspectiva pedagógica. In: GARCIA, Walter. Inovação educacional no Brasil: problemas e perspectivas. São Paulo: Cortez; Campinas: Autores Associados, 1995, p. 61-90.
FINCO, Mateus David. Laboratório de exergames na educação física: conexões por meio de videogames ativos. 2015. 164f. Tese (Doutorado em informática na Educação) – Centro de Estudos Interdisciplinares em Novas Tecnologias na Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e terra, 1993.
FULLAN, Michael. Los nuevos significados del cambio en la educación. Barcelona: Octaedro, 2002.
GONZÁLEZ, Fernando Jaime; FENSTERSEIFER, Paulo Evaldo. Entre o “não mais” e o “ainda não”: pensando saídas do não-lugar da EF escolar I. Cadernos de Formação RBCE, Porto Alegre, v. 1, n. 1, p. 9-24, set. 2009.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez Editora, 2006.
MALDONADO, Daniel Teixeira et al. Inovação na Educação Física escolar: desafiando a previsível imutabilidade didático-pedagógica. Pensar a Prática, Goiânia, v. 21, n. 2, p. 444-458, abr./jun. 2018.
MELO, Marcelo Soares Tavares. Inovações pedagógicas no currículo dos cursos de formação de profissionais de educação física: contribuições teórico-metodológicas da prática pedagógica. 2007. 272f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2007.
MESSINA, Graciela. Mudança e inovação educacional: notas para reflexão. Cadernos de pesquisa, n. 114, p. 225-233, novembro/ 2001.
MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa. O currículo como política cultural e a formação docente. In: SILVA, Tomaz Tadeu; MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa. Territórios contestados: o currículo e os novos mapas políticos e culturais. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
NEIRA, Marcos Garcia. O currículo cultural da Educação Física: contexto, fundamentos e ação. FINCK, Silvia Christina Madrid (Org.). Educação Física escolar: saberes, práticas pedagógicas e formação. Curitiba: InterSaberes, 2013.
NEIRA, Marcos Garcia. Teorias pós-críticas da educação: subsídios para o debate curricular da Educação Física. Dialogia, São Paulo, n. 14, p. 195-206, 2011.
NUNES, Mario Luiz Ferrari; RÚBIO, Katia. O(s) currículo(s) da Educação Física e a constituição da identidade dos sujeitos. Currículo sem Fronteiras, v. 8, n. 2, p. 55-77, Jul./Dez. 2008.
OLIVEIRA, Alexandre. Historiando as brincadeiras tradicionais na escola: um projeto pedagógico para as aulas de Educação Física. In: III ENCONTRO FLUMINENSE DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR, 3., 1999, Niterói. Anais... Niterói: Universidade Federal Fluminense, 1999. p. 48-50.
OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno de (Org.). Cartografias ribeirinhas: saberes e representações sobre práticas sociais cotidianas de alfabetizandos Amazônidas. Belém: CCESE-UEPA, 2008.
OLIVEIRA, Vitor Marinho. O que é Educação Física. 4ª reimpr. da 11 ed. São Paulo: Brasiliense, 2004.
PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999.
SACRISTÁN, José Gimeno. Currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Editora Artes Médicas, 2000.
SANTOS, Marcio Antonio Raiol dos; BENTES, Livia Maria Neves; BARBOSA, Suellen Ferreira. Currículo, Educação Física e multiculturalismo: análise de um currículo ribeirinho colonizado. Revista de Educação PUC-Campinas, v. 24, n. 2, p. 300-317, 2019.
SANTOS, W.; MAXIMIANO, F. L. Avaliação na educação física escolar: singularidades e diferenciações de um componente. Rev. Bras. Ciênc. Esporte, Florianópolis, v. 35, n. 4, p. 883-896, out./dez. 2013.
SOARES, Carmem Lucia. Educação física escolar: conhecimento e especificidade. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, supl. 2, p. 6-12, 1996.
TAHARA, Alexander Klein; DARIDO, Suraya Cristina; BAHIA, Cristiano de Sant’nna. Materiais didáticos e a educação física escolar. Conexões, Campinas: SP, v. 15, n. 1, p. 368-379, jul./set. 2017.
THURLER, Mônica Gather. Inovar no interior da escola. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
VEIGA-NETO, Alfredo. Crise da modernidade e inovações curriculares: da disciplina para o controle. IN: PERES, Eliane et al. (Org.). Trajetórias e processos de ensinar e aprender: sujeitos, currículos e culturas. 1 ed. Porto Alegre (RS): EDIPUCRS, 2008, p. 35-58.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).