REIVINDICANDO O TERRITÓRIO EPISTÊMICO: MULHERES NEGRAS, INDÍGENAS E QUILOMBOLAS INTERPELANDO A ANTROPOLOGIA
Resumo
O artigo objetiva apresentar uma reflexão sobre as tensões epistêmicas no campo da antropologia a partir da entrada de estudantes indígenas, negras e quilombolas nos programas de pós-graduações em antropologia social no Brasil, ressaltando as contribuições das epistemologias negras e indígenas para (re)pensar o campo disciplinar antropológico no que se refere ás metodologias, teorias e epistemologias tradicionalmente utilizadas na produção de conhecimentos acadêmicos e antropológicos. Foram realizadas as leituras de autoras negras acessadas na disciplina de Epistemologias e Feminismos Negros, tais como: Beatriz Nascimento (1989); bell hooks (2015); Angela Davis (2016); Lélia González (2018) e acrescentadas as leituras de autoras indígenas como Creuza Prumkwyj Krahô (2017); Sandra Benites (2018); Célia Xakriabá (2018), tendo sido realizados outros diálogos necessários. Consideramos que embora o cotidiano acadêmico se desenvolva em um campo assimétrico de forças, existem práticas de resistências para demarcar o território epistêmico frente às normas colonialistas, racistas e machistas que estruturam a universidade.
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