BINARISMO EM FOCO: A DUALIDADE NOS CORDEIS “JUVENAL E O DRAGÃO” E “A MOÇA QUE VIROU COBRA”
Resumo
As histórias populares circuladas em formas de folhetins e cordéis no século XIX apresentam consigo uma funcionalidade didática típica do barroco: a dualidade entre bem e mal e que carrega consigo as temáticas entre sagrado e profano típica da literatura influenciada pela visão religiosa catolicista. As “histórias de Juvenal e o Dragão”, de João Athayde e “A Moça que Virou Cobra”, de Severino Gonçalves seguem, portanto, este padrão que relaciona uma didática primada em valores socialmente aceitos e respeitados, ou seja, observando-se os benefícios àqueles que são honesto, como é o caso de Juvenal, e herege, como é o caso da moça que virou cobra. Assim sendo, o presente trabalho intenta apresentar uma análise das duas obras citadas, apontando para o valor de ensinamento presente nos contos populares.
Referências
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