O BRINCAR COMO TEMPO DA EXPERIÊNCIA DE LINGUAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL
Resumo
Há a necessidade de dialogar acerca do brincar como experiência de linguagem da infância, qual se encontra cada vez mais suprimida na transição da educação infantil para o ensino fundamental, em decorrência do conhecimento formalizado e a desaparição das infâncias. Esse artigo se propõe a analisar e refletir acerca do brincar como tempo da experiência de linguagem, a partir do um estudo de cunho etnográfico, realizado numa escola pública de Jequié, BA. Este estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa, com método de cunho etnográfico, tendo suas raízes ancoradas na perspectiva histórico-cultural. Compreendemos que escola possui um caráter de formação integral com uma função humanizadora, assim no cotidiano infantil dentro das escolas, a brincadeira surge como uma possibilidade para as crianças se expressarem, permitindo-lhes práticas efetivas de aprendizagens por meio da experiência.
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