DA NATUREZA FÉRTIL À MERCADORIA ESTÉRIL: DEVASTAÇÃO POR FOME E DESMATAMENTO NO CAPITALISMO
Resumo
A reflexão tem apoio na crítica à forma capitalista de controle sociometabólico cuja destrutividade sobre o trabalho e a natureza assume expressões devastadoras. A exposição de um conjunto de dados empíricos sobre a fome e o desmatamento no Brasil, baseada em fontes documentais, reitera a assertividade da análise teórica marxiana e marxista sobre a “incontrolabilidade do capital” e sua destrutividade social e ambiental, ao tempo em que nos coloca diante da exigência de alterar a forma alienante desse modelo de sociabilidade.
Referências
ASCEMA. Cronologia de um desastre anunciado: ações do governo Bolsonaro para desmontar as políticas de meio ambiente no Brasil. Brasília, 04 de setembro de 2020. Disponível em: < https://static.poder360.com.br/2020/09/Dossie_Meio-Ambiente_Governo-Bolsonaro_revisado_02-set-2020-1.pdf >. Acesso em 27 de novembro de 2020.
BENSAID, D. Os tormentos da matéria. (Contribuição à crítica da ecologia política). In: _______.Marx. o intempestivo. Grandezas e misérias de uma aventura crítica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1999, p.431-495.
CASTRO, J. de. Geografia da fome. O dilema brasileiro: pão ou aço.10.ed.rev.Rio de Janeiro: Edições Antares,1984.
CONAB. Acompanhamento da safra brasileira de grãos. v.7. safra 2019-2020. n.12. Brasília: Conab, setembro de 2020a. Disponível em: < https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos/boletim-da-safra-de-graos>. Acesso em 10 de dezembro de 2020
CONAB. Acompanhamento da safra brasileira de cana-de-açucar. v.6. safra 2019-2020. n.3. Brasília: Conab, dezembro de 2019. Disponível em: < https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos/boletim-da-safra-de-graos>. Acesso em 10 de dezembro de 2020
FEARNSIDE, P. M. Como sempre os negócios: o ressurgimento do desmatamento da Amazônia brasileira. In: FERANSIDE, P. M. Destruição e conservação da floresta amazônica.Vol.1 Manaus: Editora do INPA, 2020 (no prelo). Disponível em:< http://philip.inpa.gov.br/publ_livres/2019/Destruicao-v1/Destruicao_e_Conservacao_da_Floresta_Amazonica-Miolo-prova.pdf>. Acesso em: 28 de novembro de 2020.
FOSTER, J. B. A ecologia de Marx: materialismo e natureza.2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,2010.
FOSTER, J.B. Capitalismo de catástrofe: mudança climática, cobid-19 e crise econômica. Revista Eco21. Entrevista. 2 de junho de 2020. Disponível em: <https://eco21.eco.br/capitalismo-de-catastrofe-mudanca-climatica-covid-19-e-crise-economica/>. Acesso em 10 de novembro de 2020.
GROSSI, M. Questão ambiental e desafios produtivos e políticos ao MST: a reforma agrária popular e a agroecologia. In: ARAUJO, N. M. S. Estado, “Questão ambiental’ e Conflitos socioambientais”. São Cristóvão, SE: Editora UFS, 2020.
IBGE. PAM 2019:Valor da produção agrícola nacional cresceu 5,1% e atingiu o recorde de R$361 bilhões. Agência IBGE Noticias. 1de outubro de 2020c. Disponívem em <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala
-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/29005-pam-2019-valor-da-producao-agricola-nacional-cresceu-5-1-e-atingiu-o-recorde-de-r-361-bilhoes>. Acesso em 10 de dezembro de 2020.
IBGE.10,3 milhões de pessoas moram em domicílios com insegurança alimentar grave. Agência IBGE Notícias.17 de setembro de 2020a.Disponível em:<https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/28903-10-3-milhoes-de-pessoas-moram-em-domicilios-com-inseguranca-alimentar-grave>. Acesso em 18 de dezembro de 2020)
IBGE.POF 2017-2018: proporção de domicílios com segurança alimentar fica abaixo do resultado de 2004. Agência IBGE Notícias. 17 de setembro de 2020b. Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/28896-pof-2017-2018-proporcao-de-domicilios-com-seguranca-alimentar-fica-abaixo-do-resultado-de-2004>. Acesso em 10 de dezembro de 2020).
MARQUES, L. Capitalismo e colapso ambiental. 2.ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2016.
MARX, K. O Capital. Crítica da economia política. Livro 1, v.1, tomo 1. Tradução de Regis Barbosa e Flávio Kothe. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Martin Claret, 2004.
MARX K; ENGELS, F. A ideologia alemã: crítica da mais recente filosofia alemã em seus representantes Feuerbach,, B. Bauer e Stirner, e do socialismo alemão em seus diferentes profetas (1845/1846). Superv. edit.: Leandro Konder. Trad.: Rubens Enderle, Nélio Scheneider, Luciano Cavini Martorano. São Paulo:Boitempo,2007.
MÉSZÁROS, I. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição. Trad. Paulo Cezar Castanheira; Sérgio Lessa. São Paulo: Boitempo, 2011.
NETTO, J. P. Capitalismo monopolista e Serviço Social.8.ed. São Paulo: Cortez, 2011.
ONU. Transformando Nosso Mundo: a agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável.2015b. Disponível em: Acesso em: 01 mar. 2017.
RELATÓRIO Anual de Desmatamento 2019. São Paulo: MAPBIOMAS. 2020. Disponível em < http://alerta.mapbiomas.org/>. Acesso em 28 de novembro de 2020.
SERIGATI, F POSSAMAI, R. C. Por que o arroz está tão caro. Economia. FGV. 15 de setembro de 2020. Disponível em: < https://portal.fgv.br/artigos/arroz-esta-tao-caro>. acesso em 20 de novembro de 2020.
ZIEGLER, J. Destruição em massa: geopolítica da
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).