DESAFIOS NA MANUTENÇÃO DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA FLUVIAL NO ALTO SOLIMÕES

Palavras-chave: SAMU. Populações Vulneráveis. Povos Indígenas.

Resumo

Este artigo apresenta uma análise das principais dificuldades de financiamento, implantação e manutenção do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) fluvial da região do Alto Solimões (AM) no atendimento às populações ribeirinhas. A pesquisa procurou destacar as dificuldades encontradas tanto na gestão quanto aquelas apresentadas pelas equipes de saúde. Para a realização desta pesquisa foram realizadas visitas a todos os municípios que possuem ambulanchas habilitadas pelo Ministério da Saúde na região do Alto Solimões. Os principais resultados destacam limitações de comunicação em áreas remotas, bem como dificuldades de mobilidade e transferência de pacientes, além de inadequações na composição das equipes de saúde.

Biografia do Autor

Denise Ferreira, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Mestre em Engenharia de Produção. Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Rodrigo Arcuri, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Doutor em Engenharia de Produção. Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Barbara Bulhões, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Saúde Coletiva, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Hugo Cesar Bellas, FIOCRUZ

Doutor em Engenharia de Produção. Centro de Estudos Estratégicos/Fiocruz.

Leticia Masson, FIOCRUZ

Doutora em Psicologia Social. Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz.

Mario Cesar Vidal, COPPE/UFRJ

Doutor em Engenharia de Produção. Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Alessandro Jatoba, FIOCRUZ

Doutor em Engenharia de Produção. Centro de Estudos Estratégicos/Fiocruz.

Paulo Victor Rodrigues de Carvalho, Centro Universitário Carioca (UniCarioca).

Doutor em Engenharia de Produção. Centro Universitário Carioca (UniCarioca).

Referências

AMARAL, S. et al. Riverine communities as socio-spatial units of the urban process in Amazon: a typology for the lower Tapajós River (State of Pará, Brazil). Revista Brasileira de Estudos de População, v. 30, n. 2, p. 367–399, dez. 2013.

BRASIL. Portaria No 814, DE 01 DE junho de 2001. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2001/prt0814_01_06_2001.html>. Acesso em: 16 ago. 2020a.

BRASIL. Portaria No 95, DE 26 DE janeiro de 2001. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2001/prt0095_26_01_2001.html>. Acesso em: 16 ago. 2020b.

BRASIL. Portaria GM/MS no 1.864, de 29 de setembro de 2003, 2003. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2003/prt1864_29_09_2003.html>

BRASIL. Decreto presidencial no 5.055, de 27 de abril de 2004. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5055.htm>. Acesso em: 16 ago. 2020.

COSTA, S. M. F. DA; ROSA, N. C. O processo de urbanização na Amazônia e suas peculiaridades: uma análise do delta do rio amazonas. Revista Políticas Públicas & Cidades - 2359-1552, v. 5, n. 2, p. 81–105, 27 out. 2017.

DE VAUS, D. Research design in social research. [s.l.] Sage, 2001.

FERREIRA, J. DA S. O ensino em turmas multisseriadas e suas condições de trabalho: um olhar para as escolas do campo na região do Alto Solimões, Amazonas. Revista Brasileira de Educação do Campo, v. 4, p. e6230–e6230, 28 maio 2019.

FLOSS, M. et al. A pandemia de COVID-19 em territórios rurais e remotos: perspectiva de médicas e médicos de família e comunidade sobre a atenção primária à saúde. Cadernos de Saúde Pública, v. 36, p. e00108920, 24 jul. 2020.

FLYVBJERG, B. Five Misunderstandings About Case-Study Research. Qualitative Inquiry, v. 12, n. 2, p. 219–245, 1 abr. 2006.

GAMA, A. S. M. et al. Inquérito de saúde em comunidades ribeirinhas do Amazonas, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 34, p. e00002817, 19 fev. 2018.

GARNELO, L.; SOUSA, A. B. L.; SILVA, C. DE O. DA. Regionalização em Saúde no Amazonas: avanços e desafios. Ciência & Saúde Coletiva, v. 22, p. 1225–1234, abr. 2017.

IBGE. Estimativas da população residente nos municípios brasileiros. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9103-estimativas-de-populacao.html?=&t=o-que-e>.

LANÇA, E. DE F. C. Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Fluvial de Manaus: perfil dos atendimentos, usuários e fatores relacionados ao agravamento dos atendidos. PhD Thesis—[s.l.] Universidade de São Paulo, 2017.

MINAYO, M. C. DE S.; DESLANDES, S. F. Análise da implantação do sistema de atendimento pré-hospitalar móvel em cinco capitais brasileiras. Cadernos de Saúde Pública, v. 24, p. 1877–1886, 2008.

O’DWYER, G. et al. O processo de implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência no Brasil: estratégias de ação e dimensões estruturais. Cadernos de Saúde Pública, v. 33, n. 7, 7 ago. 2017.

QUEIROZ, K. O. DE. Transporte fluvial no Solimões – uma leitura a partir das lanchas Ajato no Amazonas. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), v. 23, n. 2, p. 322–341, 18 jul. 2019.

RAMALHO, E. E. et al. Disseminação da COVID-19 em cidades e comunidades ribeirinhas da Amazônia Central. 9 maio 2020.

SANTOS, I. C. P. A. M. O “pulso das águas” e o acesso à rede de urgência e emergência da população ribeirinha na região do baixo Amazonas/AM. 2020.

SANTOS-MELO, G. Z. et al. Organização da rede de atenção à saúde no estado do amazonas - brasil: uma pesquisa documental. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 17, n. 3, 3 out. 2018.

SILVA, D. R. X. Variabilidade climática, vulnerabilidade ambiental e saúde: os níveis dorio Negro e as doenças relacionadas à água em Manaus. PhD Thesis—[s.l: s.n.].

Publicado
2020-10-07
Seção
Artigos