A PRECARIZAÇÃO DOS PROGRAMAS DE RESIDÊNCIA EM SAÚDE: UMA FACETA DA TENTATIVA DE DESMONTE DO SUS
Resumo
Este artigo discorre sobre os processos que implicam no processo saúde-doença dos profissionais residentes em saúde inseridos em um hospital de trauma, diante do avanço da proposta neoliberal e tentativa de desmonte da política de saúde. Evidencia-se que a precarização das políticas sociais perpassam o cotidiano desses trabalhadores. Os resultados revelam que: a) a inserção desses profissionais na instituição e a formação em serviço proposta pelos programas de residência em saúde acontecem de formas precarizadas considerando as novas configurações do trabalho; b) há fragilidades na legislação desses programas que flexibilizam os projetos políticos pedagógicos e o gerenciamento dos mesmos; c) as estratégias de enfrentamento desenvolvidas traduzem-se em formas de resiliência, individualizadas. Conclui-se que esses profissionais são trabalhadores expostos às situações do contexto do trabalho atual, que geram adoecimentos, incidem nas relações interpessoais, vulnerabilizando os sujeitos e a coletividade, impedindo-os de criar formas de resistências efetivas de superação da ordem vigente.
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