A FORMAÇÃO IDENTITÁRIA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA EM PONCIÁ, DE CONCEIÇÃO EVARISTO E VENENOS DE DEUS, REMÉDIOS DO DIABO DE MIA COUTO

  • Alyne de Sousa Jardim Universidade Federal do Tocantins
Palavras-chave: Identitária. Coletiva. Individual. Afro-brasileira. Africana.

Resumo

Este trabalho abordará a formação identitária individual e coletiva a partir do entrelaçamento de memórias, experiências pessoais e de comunidades afro-brasileiras constituída na diáspora, assim como a africana no contexto pós-colonial de Moçambique, através de um diálogo comparativo entre a narrativa brasileira: Ponciá, de Conceição Evaristo e a narrativa moçambicana: Venenos de Deus, Remédios do Diabo de Mia Couto. Os autores tecem uma trama permeada de dores, angústias e sofrimentos, e ao mesmo tempo faz refletir sobre a relação entre raça e desigualdade social e o abandono institucional ocorrido após o período colonial nos países colonizados por Portugal. Para o estudo desta questão será adotado o aporte teórico de Hall (2003), Santos (2003), Priore (2012), Trespach (2018). Estes autores promovem discussões sobre a relação colonizador/colonizado e ainda os reflexos da colonização portuguesa na contemporaneidade.

 

Biografia do Autor

Alyne de Sousa Jardim, Universidade Federal do Tocantins

Possui graduação em Licenciatura Plena em Letras pela Faculdade Integrada de Ensino Superior de Colinas (2006) e graduação em Informática pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (2013). Atualmente é professora - Secretária de Educação e Cultura do Estado do Pará e professora - Secretaria da Educação e Cultura do Tocantins. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Métodos e Técnicas de Ensino. Cursando pós-graduação (stricto sensu) em Letras e Literatura em Porto Nacional.

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Publicado
2019-10-28