AS PARTICIPAÇÕES E AS EXPRESSÕES DAS CULTURAS INFANTIS NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: “EU SÓ QUERO BRINCAR!”
Résumé
As crianças com a faixa etária de até 06 (seis) anos de idade fazem parte dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Nessa perspectiva, esta pesquisa teve como objetivo, compreender como a criança pensa e concebe a sua formação educacional no contexto do 1º Ano do Ensino Fundamental, considerando a sua cultura infantil, a partir de ser e estar criança na Educação Básica. Para garantir esse objetivo, realizou-se uma pesquisa com crianças, de cunho qualitativa, exploratória e de campo. As análises dos dados revelaram que as crianças da instituição investigada são agentes sociais, que participam e interagem com os seus pares, produzindo culturas infantis. Conclui-se a importância da instituição educativa, oportunizar momentos para que as crianças continuem participando e expressando as suas vozes para a melhoria das ações educacionais as quais fazem parte.
Références
BELLONI, Maria Luiza. O que é sociologia da infância. Campinas, SP: Autores Associados, 2009.
BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Culturas escolares, culturas de infância e culturas familiares: as socializações e a escolarização no entretecer dessas culturas. Educação & Sociedade, v. 28, n. 100, p. 1059-1083, 2007.
BARBOSA, Silvia Néli Falcão. O desafio de compreender e ser compreendido. Reunião Anual da ANPEd. 31. Caxambú, 2008.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.html. Acesso em: 17 abr. 2011.
BRASIL. Lei nº 11.274, 6 de fevereiro de 2006. Altera a redação dos Arts. 29, 30, 32 e 87 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases para a educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 7 fev. 2006. Disponível em: http:// legis.senado.leg.br/norma/572813.html. Acesso em: 03 mai. 2022.
CAMPOS, Rafaely Karolynne do Nascimento. Modos de brincar na educação infantil: o que dizem as crianças? Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Sergipe, São Cristóvão, Sergipe, 2017.
CORSARO, William Arnold. Entrada no campo, aceitação e natureza da participação nos estudos etnográficos com crianças pequenas. Revista Educação e Sociedade, v.26, n.91, p. 443-464, 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302005000200008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt. Acesso em: 03 mai. 2022.
CORSARO, William Arnold. Sociologia da Infância. Tradução: Lia Gabriele Regius Reis. Porto Alegre: Artmed, 2011.
DELGADO, Ana Cristina Coll. Manuel Jacinto Sarmento: a emergência da sociologia da infância em Portugal. In. REGO, Teresa Cristina. Cultura e sociologia da infância: estudos contemporâneos. 1.ed. Curitiba, PR: CRV, 2018.
FARIA, Ana Lúcia Goulart (org.). O coletivo infantil em creches e pré-escolas: falares e saberes. São Paulo: Cortez, 2007.
FERNANDES, Florestan. As "trocinhas" do Bom Retiro. Pro-Posições, v. 15, n. 1, p. 229–250, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643855. Acesso em: 16 jun. 2022.
GUTERRES, Ione da Silva. A infância, o brincar e a cultura escolar na pré-escola: um estudo da prática lúdica na Unidade de Educação Básica Mary Serrão Ewerton, em São Luís/MA. 2022. 230 f. Dissertação (Mestrado em Gestão de Ensino da Educação Básica) – Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2022.
GRAUE, Elisabeth.; WALSH, Daniel. Investigação Etnográfica com crianças: teorias, métodos e ética. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2003.
KRAMER, Sônia. Autoria e autorização: questões éticas na pesquisa com crianças. Cadernos de Pesquisa, n.116, p.41-59, 2002.
KUHLMANN JÚNIOR, Moysés. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica.7. ed. Porto Alegre: Mediação, 2015.
MARTINS FILHO, Altino José; BARBOSA, Maria Carmem Silveira. Metodologias de pesquisas com crianças. Reflexão e Ação, v. 18, n. 2, p. 08-28, 2010.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016.
MORUZZI, Andrea Braga; TEBET, Gabriela Guarnieri de Campos. Instituições. In. ABRAMOWICZ, Anete et al. São Carlos: EdUFSCar, 2010.
MONTANDON, Cléopâtre. Sociologia da Infância: balanço dos trabalhos em língua inglesa. Caderno de Pesquisa. São Paulo, n. 112, p. 33-60, 2001.
QUINTEIRO, Jucirema. Sobre a emergência de uma sociologia da infância: contribuições para o debate. Perspectiva, p. 137-162, 2002.
QUINTEIRO, Jucirema. Infância e educação no Brasil: um campo de estudos em construção. In: FARIA, A. L. G.; DEMARTINI, Z. B F.; PRADO, P. D. (Org.). Por uma cultura da infância: metodologias de pesquisa com crianças. 3.ed. Campinas: Autores Associados, v. 1, p. 19-47, 2009.
QVORTRUP, Jens. A infância enquanto categoria estrutural. Educação e Pesquisa, v.36, n. 2, p.631-643, 2010.
REGO, Teresa Cristina. Cultura e sociologia da infância: estudos contemporâneos. 1.ed. Curitiba, PR: CRV, 2018.
RODRIGUES, Silvia; BORGES, Tammi; SILVA, Anamaria. “Com olhos de criança”: a metodologia de pesquisa com crianças pequenas no cenário brasileiro. Nuances: estudos sobre Educação, 2014.
RODARI, Gianni. A Gramática da Fantasia. 7. Ed. São Paulo: Summus, 1982.
SIROTA, Régine. Emergência de uma Sociologia da Infância: evolução do objeto e do olhar. Cadernos de Pesquisa, n. 112, p. 7-31, 2001.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).
