O MUNDO DE UMA ESCOLA PÚBLICA: AGONÍSTICA DO LUGAR
Résumé
Este artigo apresenta uma leitura possível do mundo de uma escola pública a partir das vozes que a habitam no contexto da modalidade dos projetos de ciências. Trata-se de informe de resultado de pesquisa de mestrado. O trabalho sugere que o mundo da escola pública em questão é palco de uma agonística (luta) no seio da qual atrizes e atores ressignificam não apenas suas realizações, mas também a própria imagem da escola pública. Busca-se mover-se da descrição da imagem para os sentidos que os sujeitos atribuem à escola. Subsidiado pela multirreferencialidade (Barbosa; Ardoino) e pela hermenêutica (Heidegger; Dartigues), este trabalho analisa algumas narrativas e percepções que os atores e atrizes sociais abrigam de seu mundo próprio como vivido-sentido, destacando a pertença social e as ressignificações que eles atribuem ao espaço-tempo da escola pública contra um fundo problemático que se manifesta no que chamamos de agonística do lugar. A escola Hermógenes, embora com as deficiências de outra escola pública qualquer, constitui este lugar onde é possível alguém se descobrir pesquisadora ou pesquisador, capaz de produzir artefatos de grande relevância técnica e social.
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