ANÁLISE DAS PALAVRAS DE ORIGEM TUPI QUE SE REFEREM A BEBIDAS NOS DICIONÁRIOS FORNECIDOS PELO PNLD (2012) PARA O ENSINO MÉDIO

Résumé

Este artigo discute a importância dos dicionários escolares como ferramentas eficazes no processo de ensino aprendizagem. No Brasil as escolas públicas recebiam os dicionários para serem utilizados em sala de aula, que são catalogados de acordo com o ano/série de cada educando e são divididos em quatro categorias: Tipo 1 − 1º ano do Ensino Fundamental; Tipo 2 − entre o 2º e o 5º ano do Ensino Fundamental; Tipo 3 − entre o 6º e o 9º ano do Ensino Fundamental; Tipo 4 − Ensino Médio. O objetivo deste artigo é analisar os nomes de bebidas, cujos significantes são de origem Tupi, suas entradas e microestruturas presentes nos dicionários do Tipo 4, aprovados no PNLD 2012. O estudo é alicerçado no Dicionário Histórico das Palavras Portuguesas de Origem Tupi (CUNHA, 1999), a partir do qual são analisados o Dicionário Houaiss Conciso (HOUAISS, 2011); o Dicionário da Língua Portuguesa Evanildo Bechara (BECHARA, 2011); o Novíssimo Aulete Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa (GEIGER, 2011); o Dicionário UNESP do Português Contemporâneo (BORBA, 2011). Por fim, no levantamento ficou evidenciado que algumas palavras que figuram no dicionário de Cunha (1999) não foram encontradas em nenhum dos dicionários, e que as definições poderiam ser de maior clareza em relação ao significado para os educandos do Ensino Médio.

Bibliographies de l'auteur

Nunes Xavier Silva, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Doutorando em Ensino de Língua e Literatura na Universidade Federal do Tocantins (UFT). Mestrado em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atualmente é professor do Ensino Fundamental e Ensino Médio, da Rede Estadual de Ensino de Goiás - Colégio Estadual Dom Cândido Penso, Aruanã-GO. 

Ana Cláudia Castiglioni, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Doutora em Estudos Linguísticos da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Campus de São José do Rio Preto/SP.  Mestrado pelo Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagem da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2008). Professora Adjunta da Universidade Federal do Tocantins - UFT.

Références

BECHARA, E. Dicionário da Língua Portuguesa Evanildo Bechara. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.

BORBA, F. S. (org.). Dicionário Unesp do Português Contemporâneo. Curitiba: Piá, 2011.

BORGES, M. V. O empréstimo como mecanismo de ampliação lexical. Revista do Museu Antropológico - UFG, Goiânia, v. 2, n. 1, p. 135-150, jan.-dez. 1998.

CARVALHO, N. Empréstimos linguísticos. São Paulo: Ática, 1989. (Série Princípios).

CUMPRI, M. L. Algumas reflexões sobre léxico e gramática. Entrepalavras, Fortaleza, ano 2, v. 2, n. 1, p. 41-50, jan.-jul. 2012.

CUNHA. A. G. Dicionário histórico das palavras portuguesas de origem tupi. 5. ed. São Paulo; Brasília: Melhoramentos; Editora UnB, 1999.

DAPENA, J-A. P. Manual de técnica lexicográfica. Madrid: Arco Libros, 2002.

FERREIRA, V. R. S. Estudo lexical da língua matis: subsídios para um dicionário bilíngue. 2005. 226 f. Tese (Doutorado em Linguística) - Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, 2005. Disponibilidade em: <http://repositorio.unicamp.br/jspui/bitstream/REPOSIP/270233/1/Ferreira_VitoriaReginaSpanghero_D.pdf>. Acesso em: 8 fev. 2021.

FORGAS-BERDET, E. Lengua, sociedad y diccionario. In: ______. (org.). Léxico e diccionarios. Tarrogana: Universitat Rovira i Virgili. 1996. p. 71-90.

GEIGER, Paulo (org.). Novíssimo Aulete dicionário contemporâneo da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Lexikon, 2011.

GUERRA, M. M.; ANDRADE, K. S. O Léxico sob Perspectiva: contribuições da lexicologia para o ensino de línguas. Domínios de Lingu@gem - Revista Eletrônica de Linguística. v. 6, n. 1, p. 226-241, 29 jun. 2012. Disponibilidade em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/14573/9648>. Acesso em: 8 fev. 2021.

HERNÁNDEZ, H. De la teoría lexicográfica al uso del diccionario: el diccionario en el aula. In: CONGRESO NACIONAL DE ASELE: el español como lengua extranjera: de la teoría al aula, 3., 1991, Málaga. Actas […]. Málaga, 1991. p. 189-200. Disponibilidade em: <https://cvc.cervantes.es/ensenanza/biblioteca_ele/asele/pdf/03/03_0187.pdf>. Acesso em: 9 fev. 2021.

HOUAISS, A. (org.). Dicionário Houaiss conciso. São Paulo: Moderna, 2011.

KRIEGER, M. G. Dicionários para o ensino de língua materna: princípios e critérios de escolha. Revista Língua & Literatura (URI), Frederico Westphalen, RS, v. 6-7, n. 10-11, p. 101-112, 2004-2005.

KRIEGER, M. G. Políticas públicas e dicionários para escola: o Programa Nacional do Livro Didático e seu impacto sobre a lexicografia didática. Cadernos de Tradução (UFSC), v. 2, n. 18, p. 235-252, 2007. Disponibilidade em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/traducao/article/view/6950>. Acesso em: 26 fev. 2021.

MELLO, A. A. S. Estudo histórico da família linguística Tupi-Guarani: aspectos fonológicos e lexicais. 2000. 292 f. Tese (Doutorado em Linguística) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2000.

REIS, A. K. O. As interfaces das disciplinas do léxico. Revista Dialogia (Uninove), São Paulo, v. 9, n. 2. p. 173-179, 2010. Disponibilidade em: <https://periodicos.uninove.br/dialogia/article/view/2630/1991>. Acesso em: 28 jan. 2021.

SANTOS, A. de S. Léxico da língua Wapichana: um olhar sobre os empréstimos da língua portuguesa. Revista Prolíngua. João Pessoa, v. 2, n. 1, p. 13-23, jan.-jun. 2009.

TULLIO, C. M.; ZAMARIANO, M. Olhares: dicionário escolar ou dicionário de uso escolar? Revista Investigações - Linguística e Teoria Literária (UFPE), v. 24, n. 2, p. 189-206, jul. 2011. Disponibilidade em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/INV/article/view/1322>. Acesso em: 1 fev. 2021.

VIDAL, R. M. B.; BERNARDINO, R. A. S.; PONTES, A. L. (org.). Produção e ensino de texto em diferentes perspectivas. V. 1, Natal: Edições UERN, 2014.

Publiée
2022-04-08