CRUZANDO AS PORTEIRAS DA UNIVERSIDADE: EXPERIÊNCIAS ACADÊMICAS NA CASA DE XANGÔ PARA UMA REEDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAL (PETROLINA/PE – JUAZEIRO/BA 2016-2019)
Résumé
As vivências acadêmicas do GEFRE – Grupo de Estudos em Festas e Religiosidades, em parceria com o Ilê Axé Ayrá Onyndancor, no período de 2016 a 2019, constituem o principal objetivo deste trabalho. Nesse intervalo de tempo, o protagonismo de lideranças de terreiro na Universidade de Pernambuco (campus Petrolina), por meio de atividades de ensino e extensão, contribuiu, entre outras questões, para o enfrentamento do racismo religioso na região, assim como evidenciar o protagonismo das periferias e das práticas culturais negras na unidade. A iniciativa proporcionou visibilidade a outros espaços não acadêmicos como produtores de novas epistemologias para uma reeducação étnico-racial.
Références
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
BERKENBROCK, Volney J. A experiência dos orixás: um estudo sobre a experiência religiosa no Candomblé. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. 17 jun. 2004. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/cnecp_003.pdf
CANTUÁRIA, Priscila Ceccatto de. A religiosidade negra em uma sociedade estruturalmente racista: a liberdade de fé dos povos tradicionais de terreiro. São Paulo: Dialética, 2021.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: 1 Artes de fazer. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008.
GASPAR, Gabriel Rocha. Mudar as Coisas. ECOA. 17 mai. 2020. Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/reportagens-especiais/intelectual-deve-influenciar-na-mudanca-diz-antropologo-kabengele-munanga/index.htm#cover
hook, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. 2 ed. São Paulo: editora WMF Martins Fontes, 2017.
______. Ensinando pensamento crítico: sabedoria prática. São Paulo: Elefante, 2020.
KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
NOGUEIRA, Sidnei Barreto. Intolerância Religiosa. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2020.
______. A quem serve o racismo religioso? https://revistasenso.com.br/zrs-edicao-15/a-quem-serve-o-racismo-religioso/. Acesso em: 17 abr. 2021.
MARQUES, Juracy; NOVAES, Joaquim. Candomblé e Umbanda no Sertão: cartografia social dos terreiros de Petrolina e Juazeiro. Paulo Afonso, SABEH, 2015.
RIBEIRO, Djamila. Lugar de Fala. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019. RUFINO, Luiz. Pedagogia das Encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.
SANTOS, Mário Ribeiro dos. À sombra das árvores dos terreiros, caminhos e histórias se cruzam: relatos de ocupação do Bairro do Quidé em Juazeiro – Bahia (1960-1970). Revista Escripturas. v.02, n.3, pp.117-135, jan/jun2018a.
______. O Estado, a festa e a cidade: medidas de controle e ordem nos dias de Carnaval no Recife (1930-1945). In: GUILLEN, Isabel Cristina Martins. SILVA, Augusto Neves da. (Orgs). Tempos de Folia: estudos sobre o Carnaval do Recife. 1 ed. Recife: Massangana, 2018b.
SILVA, Nelson Fernando Inocêncio da. Africanidade e religiosidade: uma possibilidade de abordagem sobre as sagradas matrizes africanas na escola. In: Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal n. 10.639/03. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
SIMAS, Luiz Antonio. O corpo encantado das ruas. 5 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2020.
WILLIAN, Rodney. Apropriação cultural. São Paulo: Pólen, 2019.
Endereços eletrônicos
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2018/08/27/terreiro-de-candomble-em-juazeiro-e-apedrejado-templo-e-alvo-de-ataques-desde-2015.ghtml. Acesso em: 20 abr. 2021.
https://pontocritico.org/tag/apedrejamento/ . Acesso em: 20 abr. 2021.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente este periódico como o meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais, científicas, não comerciais, desde que citada a fonte (por favor, veja a Licença Creative Commons no rodapé desta página).