PERCEPÇÕES DE IDOSAS USUÁRIAS DE UM CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ACERCA DO EXAME DE PREVENÇÃO DE CÂNCER DE COLO UTERINO

Adriana  Rodrigues Pereira; Adriano Figueredo Neves; Priscila  Gonçalves Jacinto Figueredo; Francielle  Sousa Belém; Lilian  Natalia Ferreira de Lima

Adriana Rodrigues Pereira Secretaria da Saúde do Governo do Estado do Tocantins https://orcid.org/0000-0001-9342-3325
Adriano Figueredo Neves Universidade Estadual do Tocantins https://orcid.org/0000-0001-7084-6181
Priscila Gonçalves Jacinto Figueredo Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas https://orcid.org/0000-0002-3965-2538
Francielle Sousa Belém Centro Universitário Luterano de Manaus https://orcid.org/0000-0001-7155-4594
Lilian Natalia Ferreira de Lima Universidade Estadual do Pará (UFPA) https://orcid.org/0000-0002-0931-3105

Résumé

O estudo tem como objetivo investigar as dificuldades encontradas pelas usuárias do Centro de Referência de Assistência Social na realização do exame de colo do útero. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório com abordagem quali-quantitativa. A amostra foi composta por 25 voluntárias. Observou-se a predominância de idosas entre 60 e 70 anos, a maioria eram pardas, viúvas, aposentadas e com renda familiar de até um salário-mínimo. Quanto aos obstáculos, mais da metade das mulheres afirmaram não apresentarem dificuldades no acesso ao exame, outras referiram vergonha, conhecimento deficiente tanto em relação ao procedimento quanto ao local de realização e a coleta do material pelo profissional do sexo masculino. A Unidade Básica de Saúde foi o local mais citado de realização do exame, prevalecendo frente aos demais locais. Por fim, concluímos que a maior parcela das entrevistadas conhece o assunto e entendem sua importância, entretanto, ainda há um quantitativo significante que desconhece e/ou nunca realizou o exame, tendo como fatores responsáveis, principalmente o desconhecimento e o pudor.

Bibliographies de l'auteur

Adriana Rodrigues Pereira , Secretaria da Saúde do Governo do Estado do Tocantins

Possui graduação em ENFERMAGEM pela Universidade do Tocantins(2016). Atualmente é enfermeira da Secretaria Estadual da Saúde do Tocantins.

Adriano Figueredo Neves, Universidade Estadual do Tocantins

Mestrado em Ciências Ambientais e Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás- PUC (2017). Especialização em Gestão do Trabalho e em Educação na Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2016). Possui graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário Luterano de Palmas(2012), especialização em Enfermagem do Trabalho pela FACULDADE E COLÉGIO SUL D'AMERICA(2012). Atualmente é Enfermeiro da Secretaria de Saúde do Estado do Amazonas na UPA José Rodrigues (SUSAM) e docente no Centro Universitário Luterano de Manaus.

Priscila Gonçalves Jacinto Figueredo, Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas

Doutoranda em Imunologia Básica e Aplicada pela Universidade Federal do Amazonas- UFAM. Mestrado em Ciências Ambientais e Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás-PUC (2017). Especialização em Enfermagem do Trabalho pela Faculdade e Colégio Suldamérica (2012). Possui graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário Luterano de Palmas(2012). Enfermeira assistencialista no Hospital Regional de Dianópolis- TO de 2013 a 2015 (ênfase em atendimento em Urgências e Emergência, Clínica Médica, Pré-Parto e Centro Cirúrgico). Professora do Curso Técnico de Enfermagem no Centro Educacional Betel Dianópolis-TO (2014 a 2015). Docente do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Tocantins -UNITINS (2015/1-2018/1), Membro do Núcleo Docente Estruturante do curso de Enfermagem (2015/2- 2018/1), membro do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP UNITINS- 2018/1 ), membro do grupo de pesquisa Núcleo Interdisciplinas de Estudos e Pesquisas em Saúde Pública - NIEPESP (UNITINS) e Professora responsável pelo laboratório de práticas em Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem (2016/1-2018/1). Atualmente é enfermeira da Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas no HPS Platão Araújo (SUSAM).

Francielle Sousa Belém, Centro Universitário Luterano de Manaus

Possui graduação em Enfermagem pelo Centro Universitário Luterano de Manaus (2020). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Tecnologia Educacional, atuando principalmente nos seguintes temas: epidemiologia, enfermagem, cuidados de enfermagem, sistema de informação em saúde e violência.

Lilian Natalia Ferreira de Lima, Universidade Estadual do Pará (UFPA)

Doutoranda no programa de Pós-Graduação em Biologia de Agentes Infecciosos e parasitários na Universidade estadual do Pará (UFPA) Mestre em Ensino de Ciências Ambientais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais na Faculdade de Geociências da Universidade Federal do Pará(UFPA). Especialista em Diversidade de Gênero na Escola pela Universidade Federal do Tocantins(UFT). Graduada em Ciências Naturais-Biologia pela Universidade Estadual do Pará (UEPA). Professora do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Tocantins(UNITINS). Tem experiência no ensino básico, tecnológico e Superior na área de Ciências, educação e saúde, Saúde Ambiental e Saúde Pública. Ministrando as seguintes disciplinas no curso de enfermagem: Doenças endêmicas e infecciosas, Metodologia cientifica, projeto de pesquisa I e II, Saúde Ambiental, Embriologia, anatomia, fisiologia, patologia, parasitologia, Histologia e Educação Ambiental. Atua na área de moléstias infecciosas e parasitarias, investigando a problemática e desafio desta especialidade através de pesquisas transdisciplinares, com abordagem, epidemiológica, fisiopatológica e educacional. Revisora da Revista Acervo Saúde. Membro do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Saúde Pública (NIEPESP/UNITINS) e do grupo de pesquisa Mapeamento de Pesquisa Participativo de Gestão Ambiental(MAPGEAM/UFPA), Líder do grupo de pesquisa Doenças Infecciosas e Negligenciadas(DIN/UNITINS)Membro do comitê de ética e pesquisa (CEP) da Universidade Estadual do Tocantins (UNITINS).

Références

ALVES, C. M. M.; GUERRA, M. R.; BASTOS, R. R. Tendência de mortalidade por câncer de colo de útero para o Estado de Minas Gerais, Brasil, 1980-2005.

BEGHINI, A.B. et al. Adesão das Acadêmicas de Enfermagem à Prevenção do Câncer Ginecológico: da teoria à pratica. Revistas Cientificas de América Latina, Minas Gerais, 2006.

BRASIL. Instituto Nacional de Câncer (Brasil). Plano de ação para redução da incidência e mortalidade por câncer do colo do útero: sumario executivo. Instituto Nacional de Cancer. Rio de Janeiro. INCA, 2010.

______ . Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer, INCA. Plano de Ação para Redução da Incidência e Mortalidade por Câncer do Colo do Útero. Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero. Rio de Janeiro, 2011 [acesso 04 nov. 2015]. Disponível em: <http://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/sumario_colo_utero_versao_2011.pdf.>. Acesso em: 10 nov. 2015.

BROOKFIELD, K. F. et al. Disparities in survival among women with invasive cervical cancer: a problem of access to care. Cancer, New York, v. 115, n. 1, p. 166-178, Jan 2009.

COSTA, Gabriela Maria C e GUALDA, Dulce Maria Rosa. Conhecimento e significado cultural da menopausa para um grupo de mulheres. Rev. esc. enferm. USP [online].2010, vol.42, n.1, pp. 81-89.ISSN 0080-6234.

CRUZ, Luciana Maria Britto da e LOUREIRO, Regina Pimentel. A comunicação na abordagem preventiva do câncer do colo do útero: importância das influências histórico-culturais e da sexualidade feminina na adesão às campanhas. Saudesoc. [online]. 2008, vol.17, n.2, pp. 120-131.

DANGELO, J.G.; FATINI, C.A. Anatomia Humana. Sistêmica e Segmentar. 3ª ed. Atheneu, São Paulo, SP. 2007.

DISCACCIATI, M.G., RABELO-SANTOS, S.H., CAMPOS, E.A., SIMÕES, J. Á. FERNANDES, J.V., MEINNER, R.V., CARVALHO, M.G.F., FERNANDES, T.A.A.M, AZEVEDO, P.R.M. et al. Prevalence of HPV infection by cervical cytologic status in Brazil. Int. J. Gynecol. Obstet, 2009.

FERNANDES, R. A. Q.; NARCHI, N. Z. Câncer de mama e autoexame Enfermagem e Saúde da Mulher. São Paulo- SP, v. único , cap. 6, p. 116 – 120, 2007.

FONSECA, A. S. K. LUNG E, V. R.; IKUTA, N. Detecção e Tipagem Molecular de Papilomavírus Humano (HPV) em amostras de Cérvice Uterino. Rev. Loes & Hoes, São Paulo, ano XIX, nº 114, 1998.

FREITAS, F. et al. Rotina em Ginecologia. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

HAMMOUDA, D. et al. Cervical Carcinoma in Algiers, Algeria: human papillomavirus and lifestyle. risk factors. International journal of cancer, Genève, v. 113, n. 3, p. 483-489, Jan 2008.

JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica – texto e atlas.

ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013, 556p. ISBN-10:85-277-2311-5.

MENDONÇA, V. G. et al. Mortalidade por câncer do colo do útero: características sociodemográficas das mulheres residentes na cidade de Recife, Pernambuco. Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 30, n. 5, p. 248-255, maio 2008.

MINAS GERAIS (estado). Secretaria de Estado de Saúde. Subsecretaria de Vigilância em Saúde. Análise de situação de saúde em Minas Gerais 2010. 327 p.

OPAS/OMS: Prevenção e controle de amplo alcance do câncer do colo do útero: um futuro mais saudável para meninas e mulheres. Washington, DC: OPAS, 2013.

PELLOSO, S. M.; CARVALHO, M. D. B; HIGARASHI, I. H.. et al. Conhecimento das mulheres sobre o câncer cérvico-uterino. Health Sciences. Maringá, v.26, n.2, p.319-324, 2008.

PINHO, A. A. FRANÇA JUNIOR I Prevenção do câncer de colo do útero: um modelo teórico para analisar o acesso e a utilização do teste de Papanicolaou. Rev Bras Saúde Mater Infant, Recife, v.3, n.1, jan./mar., 2003.

RADIS. Comunicação em saúde: Saúde Coletiva Unida Contra os Males da Globalização n. 50, out. 2006. Manguinhos, Rio de Janeiro. Disponível em: Acesso em 12 Agosto 2009.

SELLORS,R; SANKARANARAYANAN J.W. Colposcopia e tratamento da neoplasia intraepitelial cervical: Manual para principiantes. International Agency for Research on Câncer, 2005.

SILVEIRA, C.F; MELO, M.M; RODRIGUES, L.R; PARREIRA, B.D.M. Conhecimento de Mulheres de 40 a 60 anos Sobre o Papillomavirus Humano. Rev Rene, Fortaleza, 2011 abr/jun; 12(2):309-15.

SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2005.

______ . S.C., Bare, B.G. In Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgico. v. 8. 8ª ed. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 2000.

The 2001 Bethesda System Terminology for Reporting Results of Cervical Cytology. JAMA 2002; 287: 2114-2119.

TROTTIER, H., FRANCO, E.L. Humano Papilloma virus and cervical cancer: burden of illness and bas is for prevention. Am. J. Manag. Care. 2006;12:462-72.

WATSON, M. et al. Burden of Cervical Cancer in the United States, 1998-2003. Cancer, New York, v. 113, p. 2855-2864, Nov 2008.

WHO. Comprehensive cervical cancer control. A Guide to essential practice. World Health organization libray. Geneva,Switzerland 2014.378 p.for Research on cancer. Globocan 2008: Cancer Incidence and Mortality Worldwide [acesso em 04 nov. 2015]. Disponível em: <http://globocan. iarc.fr/factsheets/populations/factsheet.asp?uno>. Acesso em: 24 set. 2015.